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“Bad decisions make better stories”, lê-se no néon laranja fluorescente da cabine do DJ e proprietário, Nuno Garcia, que por estes dias tem dado música à Marina de Cascais. A ideia não foi dos donos do Nassau, que abriu há cerca de um mês, conta-nos o segundo, Tiago Cartaxo, de 32 anos, mas sim trazida do México, numa das suas viagens. O espaço que está aberto de segunda a domingo, das onze às duas da manhã, tanto serve brunches e refeições ligeiras, como tábuas de queijos e enchidos para partilhar, e muitos, mas muitos cocktails. Aliás, essa é talvez a grande aposta deste confortável terraço com sofás e cadeirões com vista para o mar, e de onde pode aproveitar toda e qualquer orientação solar. Já os menos adeptos da fotossíntese, tranquilizem-se, também há sombras onde se resguardar.
Voltando às bebidas, a carta de cocktails é da responsabilidade do terceiro sócio, Miguel Belo, 27 anos, que embora jovem conta já com bastante experiência. Formado pela Escola de Hotelaria do Estoril, foi aos 19 anos representar Portugal a Londres num concurso da Beefeater, do qual saiu vencedor, e trabalhou três anos como bartender no SkyLounge em Amesterdão. “Fui lá visitar um amigo que estava a fazer Erasmus e acabei por ficar e não apanhar o avião de volta”, recorda, acrescentando que também foi proprietário de um bar em Algés.
Entre a carta vigente e a que está por vir, “já completamente afinada”, Miguel destaca alguns cocktails estrela que se devem manter por muito tempo, dada a demanda da clientela. Eles são: o Peach on the Beach (10€), “um twist do famoso Sex on the Beach”, explica, “à base de sumo de laranja e de pêssego, e JB Botânico”; e o Tropical Smash (10€), “que leva Captain Morgan Spiced Rum, licor de banana, manga, maracujá e ainda um licor espanhol de ervas”. “Quase todos os cocktails custam 10€, exceptuando três ou quatro”, afirma, “porque são feitos com bebidas mais premium”. Também há gins, mojitos, caipirinhas, sangrias e champanhe.
Para forrar o estômago opções não faltam, entre as quais se destacam a Focaccia Queen Anne’s Revenge (10€), com rosbife, pesto de aipo, rúcula e tomate cherry assado; a Ciapatta (15€), com presunto, queijo brie, nozes e mel; e a Tábua Hot (22€), com tomate cherry confitado, ricota com manjericão, pão torrado com azeite e ervas, grissini da casa e rosbife. Para sobremesa, as mais pedidas têm sido a mousse de chocolate e a mousse de oreo (ambas a 3€), bem como as cookies caseiras (entre 2,50€ e 4€).
Quanto à música, “menos comercial e mais electrónica”, seleccionada por Nuno Garcia, de 44 anos e em tempos residente em grandes discotecas, como o Bliss ou o Main, os proprietários garantem que a mesma “dá para dançar mas também para conversar sem estar aos berros”.
E porquê o nome Nassau? “Isso é porque eu sou fascinado por piratas”, responde Tiago. “Nassau é a capital das Bahamas e era o porto onde todos se reuniam”, acrescenta. “E não só”, completa Miguel, “acabou por ser uma república independente e que durante algum tempo foi governada por piratas”.
Inspirado em espaços emblemáticos como o Café Mambo ou o Nikki Beach, o Nassau parece-nos uma boa ideia para beber um copo com um grupo de amigos ao final da tarde ou para dançar e esmoer o jantar. E não só a nós: desde que abriram têm tido a casa sempre cheia a partir das seis da tarde até à hora de fecho, contam Miguel e Tiago, e já por muitas vezes se viram obrigados a mandar pessoas embora devido à lotação limite do espaço – os vídeos que nos mostraram comprovam-no.
A boa notícia é que o terraço do Nassau vai duplicar de área muito em breve, com a abertura de um restaurante com o mesmo nome ali ao lado. “Vamos ter uma carta com asian flavours, mexican flavours, e um bocadinho caribbean, assim tudo à mistura”, adianta Tiago, sem querer falar muito mais do assunto. É de lá ir beber um copo, e caso se venha a revelar uma terrível ideia, principalmente na manhã seguinte, agarre-se à tábua de salvação em néon laranja – haverá sempre uma boa história para contar.
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