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Os navios eléctricos da Transtejo Soflusa (TTSL), que deveriam ter entrado em funcionamento em Julho na ligação Seixal-Cais do Sodré, só devem começar a operar na segunda quinzena de Setembro. É a terceira data avançada pela empresa, embora nessa altura ainda não devam estar concluídas as últimas cinco estações de carregamento de energia em terra.
A viagem inaugural do Cegonha Branca, o primeiro de um conjunto de dez navios eléctricos que vão começar a operar no Tejo, aconteceu em Novembro de 2023. Em Janeiro deste ano, a Soflusa anunciou que o Cegonha Branca iria começar a fazer travessias no final de Abril na ligação entre o Seixal, no distrito de Setúbal, e o Cais do Sodré, em Lisboa, o que acabou por não se verificar. Já em Junho, a empresa anunciou que em Julho daria início à actividade, agora adiada para a segunda quinzena de Setembro.
Segundo a empresa, a propulsão dos navios é baseada em acumuladores e motores eléctricos, com uma capacidade suficiente de carga para permitir uma operação diária de carregamento nos terminais fluviais, mas o projecto de construção e fornecimento das estações de carregamento de energia em terra também está atrasado. Estão previstas dez estações e as últimas cinco ainda não estão concluídas.
O objectivo desta nova frota é evitar o consumo de mais de cinco milhões de litros de gasóleo, o que corresponde a uma poupança de emissão de gases com efeito de estufa superior a 13 mil toneladas de CO2. Mas no último mês o PCP denunciou o carregamento dos barcos com geradores a gasóleo, o que foi confirmado à SIC pela empresa, que explicou que foi forçada a alugar os geradores em questão apenas pelo período necessário à conclusão da empreitada do segundo posto de transformação.