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Não é um concurso para ganhar um espaço na grelha da Netflix, mas sim um programa que apoia o desenvolvimento da escrita de argumentos, num formato de residências. Após uma primeira edição em 2019, lançada no âmbito do Quatro Mãos – Encontros de Escrita para Cinema e Audiovisual, a Academia Portuguesa de Cinema segue para uma segunda edição, desta vez com o apoio da Netflix, que ajuda a patrocinar o Pitch Me!.
Sob o mote "O ano de todas as histórias", o regresso do Pitch Me! é marcado pelo foco “na diversidade e inclusão de narrativas e autores com sub-representação no cinema e no audiovisual, tais como: pessoas com diversidade étnica, cultural, sexual, de género, deficiência ou diversidade funcional e pessoas de contexto socioeconómico desfavorecido”, lê-se na página do programa, As candidaturas arrancaram esta segunda-feira, 31 de Julho, estando abertas até 7 de Setembro.
O objectivo passa pela criação de argumentos – de longas-metragens e séries de ficção – e respectivos dossiers de apresentação, aos quais é acrescentada uma apresentação ao vivo diante de um grupo de profissionais da indústria cinematográfica e audiovisual. É uma oportunidade de aprender a melhor forma de construir e vender um argumento, através de um programa que inclui duas residências ao longo de quatro meses, que culminam em sessões de pitching.
O programa inclui a chamada “residência inicial”, que vai decorrer durante três dias no próximo mês de Novembro, além de sessões individuais de acompanhamento ao longo de quatro meses, em formato presencial ou online, com vários mentores. Segue-se uma “residência final”, também de três dias, marcada para a Primavera do próximo ano, onde vão ser dados os ajustes finais para se concretizar o dossier de apresentação do projecto. O programa termina com a sessão de pitching dos projectos desenvolvidos, na presença de vários representantes da indústria nacional.
O júri responsável pela selecção dos candidatos é ele próprio diverso, sendo composto pelo poeta e dramaturgo André Tecedeiro; pelo realizador Ary Zara (Um Caroço de Abacate), também director criativo do Queer Art Lab; pela actriz, argumentista e produtora luso-angolana Ciomara Morais (A Ilha dos Cães); e pela jornalista e escritora luso-moçambicana Paula Cardoso, fundadora da plataforma Afrolink. Serão seleccionados entre três a cinco projectos de cada categoria (longas-metragens e séries de ficção), num máximo de oito, e os resultados finais serão conhecidos a 2 de Outubro.
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