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Netflix: o que muda com as novas regras das contas partilhadas?

Já está em vigor o novo modelo de funcionamento das subscrições Netflix, que barra a partilha de contas fora do local onde os subscritores costumam aceder ao serviço. Mas a empresa garante que os clientes poderão continuar a usar o serviço “em viagem”.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Netflix
©Freestocks
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A Netflix declarou guerra à partilha de contas pelos seus assinantes e desenhou algumas regras adicionais. Agora, cada conta estará associada a uma localização principal, ou seja, a uma rede de wi-fi caseira, e oferece a opção de acrescentar um “membro adicional” por mais 3,99€.

É relativamente comum a partilha de palavras-passe entre familiares e amigos para facilitar o acesso a serviços de streaming. Uma forma que os melómanos e cinéfilos arranjaram para poupar uns trocos, um pouco à semelhança do que se fazia noutros tempos com os suportes físicos, quando o mundo era o das cassetes (e CDs) piratas.

Ainda é fácil aceder a plataformas de pirataria de conteúdos online, mas a verdade é que hoje é possível subscrever serviços de streaming por preços acessíveis, embora todos juntos já possam fazer alguma diferença no bolso. Com as novas regras da Netflix, há quem ameace cancelar a assinatura e dedicar-se à pirataria, até porque a Netflix, é o serviço do género que tem a mensalidade mais cara. O plano base custa 7,99€ por mês e não dá sequer acesso a conteúdos em Full HD.

Ora, segundo a Netflix, “uma localização principal é o local principal onde utiliza a Netflix, e está associada à sua rede wi-fi doméstica e a todos os dispositivos a ela ligados”, o que levou alguns subscritores a torcer o nariz, já que utilizam o serviço, por exemplo, em viagem. No entanto, a plataforma esclarece em comunicado que “os membros podem continuar a ver a Netflix nos seus dispositivos pessoais ou iniciar sessão num novo televisor, por exemplo, num quarto de hotel ou numa casa de férias”.

Por agora, o serviço não adianta como vai fazer esse controlo, mas no chat de apoio ao cliente da Netflix refere-se que “nessa circunstância, poderá ter de fazer a verificação, sendo enviado um e-mail com um código de quatro dígitos para o email que está associado à Netflix, para poder introduzir nesse mesmo equipamento que não seja seu”. O apoio diz ainda que é possível aceder à Netflix fora da localização principal, “desde que pelo menos uma vez por mês faça o acesso à Netflix com os seus diferentes aparelhos, nessa mesma localização principal”.

A informação disponível no centro de assistência do site oficial vai no mesmo sentido, esclarecendo que os membros que tenham uma segunda habitação, ou viagem frequente para a mesma localização, “deverão abrir a aplicação Netflix no dispositivo móvel que querem usar, com este ligado à wi-fi da localização principal uma vez por mês e, depois, de novo na segunda habitação”.

Uma das grandes novidades do serviço é também a “opção de membro adicional”, implementada em vários países como o Canadá, Nova Zelândia, Espanha e Portugal, onde os membros com um plano standard (11,99€), que permite usar dois dispositivos em simultâneo, ou premium (15,99€), para quatro dispositivos, podem adicionar “contas secundárias de membro adicional”. Ou seja, contas de “até duas pessoas fora da sua residência, cada uma com o seu próprio perfil, recomendações personalizadas, dados de início de sessão e palavra-passe”, por mais 3,99€.

Há já alguns meses que a Netflix tem vindo a fazer alterações ao serviço. Em Outubro passado, por exemplo, lançou um novo recurso chamado “Transferência de perfil”, uma opção que permite manter recomendações, histórico ou lista de favoritos quando uma das partes quer criar uma nova conta, seja na sequência do fim de um relacionamento ou saída de casa dos pais.

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