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Todos os dias o chef Pedro Barros desafia os clientes do Gohan Sushi Fusion a apontarem-lhe defeitos. “Se não for o melhor preço-qualidade da sua vida, não paga a conta”, garante. A tarefa é difícil. A carta, com mais de 80 opções, tem diversidade suficiente para agradar a todos os que gostam de sushi de fusão. Mas a confiança de Pedro Barros também advém da frescura dos ingredientes que usa.
Este espaço na rua dos Remolares, ao Cais do Sodré, tem uma cozinha aberta. É possível ver o peixe a ser preparado tanto do do espaço interior como do pequeno balcão no exterior, onde se sentam apenas três pessoas. Ao lado, uma esplanada com quatro mesas. Mas a força do Gohan Sushi Fusion não se vê pelo sítio, vê-se pela confiança do chef e proprietário. “Nunca se sentou aqui uma pessoa que eu tenha desafiado a provar e ela não tenha gostado. Nunca. É preciso ser muito ousado.” Pedro Barros explica a razão da sua falta de pruridos assim: “Tenho muita confiança no meu trabalho porque sou um cliente muito chato.”
Depois de ter trabalhado em alguns dos melhores restaurantes japoneses do país e de ter aberto em Lisboa o Tribo Sushi Bar, na Praça da Alegria, com outros dois sócios, a estreia a solo de Pedro Barros tem como objectivo servir “uma fusão que foge ao padrão dos restaurantes convencionais”, diz.
O Gohan Sushi Fusion abriu há três meses e “não é mais do mesmo”. “O que comer aqui não vai comer noutro lugar”, assegura o chef. E provavelmente é verdade. Na carta há opções arrojadas como gyosas que em vez de serem cozidas a vapor são fritas (5.50), ou croquetes de peixe e arroz de sushi (7.50€). Estes croquetes são uma forma segura para evitar o desperdício. "Se o peixe passa os três dias pode ser servido, mas para manter a qualidade o peixe tem de ser cozinhado. Não há desperdício", afirma. A uma carta recheada junta-se um menu all you can eat (30€) e sobremesas gulosas, como o cheesecake de mel e canela (4€).
Mesmo com tão pouco tempo de funcionamento, o restaurante já tem bastante movimento. Até ver, o único na cozinha é Pedro Barros, mas há planos ambiciosos para o futuro. "Num futuro próximo o objectivo é abrir às 8.00 para fazer um brunch e abrir todos os dias. Mas para fazer isso preciso de uma equipa. À tarde vamos ter uma happy hour com algumas combinações, uma cerveja mais barata, uma oferta de um hot roll ou alguma coisa", conta. A partir da próxima semana há música ao vivo.
R. dos Remolares 31. Seg-Sáb do 12.00 às 02.00. Média de 35€ por pessoa.
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