[title]
A loja, pequena e charmosa, não quer ser mais do que aquilo que é: uma montra para um mundo que se faz de queijos de várias nações, para comer ali alguns, para levar para casa quantos quiser. Ou até para começar a comer ali e levar o resto para casa. A Queijaria do Monte é a nova estrela do Monte do Estoril, numa zona onde a vida de bairro ainda acontece.
À porta, o cheiro não engana: aqui o queijo é realmente o centro de tudo, mesmo que lá dentro existam umas prateleiras com vinho, azeite ou tostas – no fundo, tudo o que acompanha bem com queijo. O destaque, porém, está nas duas vitrines repletas de queijos de todos os tamanhos, cores e formas, separadas por uma mesa onde se pesam, cortam e provam alguns destes produtos. Há aqueles que estão embalados, maiores ou mais pequenos, e outros tão grandes que até custam a pegar. Alguns duram pouco tempo na vitrine, outros só precisam que alguém lhes ponha os olhos em cima para começarem a desaparecer.
À frente desta queijaria está Diana Mello, que depois de anos a trabalhar na área da comunicação decidiu que estava na altura de mudar de vida. Olhando à volta, no Monte do Estoril, percebeu que a zona estava a crescer e não existia uma loja de queijos. Um pensamento que até pode não parecer comum, mas que qualquer amante de queijos não estranhará, como é o caso de Diana e do marido, Tiago Pinto Carneiro.
Os dois confinamentos serviram a Diana para mergulhar a sério no mundo dos queijos, entre leituras e formações. “Desde o início que sabíamos que queríamos ter produtos diferentes, não queríamos ser mais uma loja, mas marcar pela diferença”, diz à Time Out, explicando que aqui só se vende “queijo e tudo o que vai bem com queijo”.
E se o queijo português é bem afamado, por cá a aposta vai para os internacionais, mais difíceis de encontrar. Em Portugal, foram à procura dos pequenos produtores e têm hoje cerca de uma dezena de referências. Já marcas estrangeiras são cerca de 50, de países como Espanha, França, Itália ou Holanda.
“Todas as semanas temos algum produto novo, alguma novidade”, garante Tiago. Também é cada vez mais frequente aparecerem por ali clientes com pedidos especiais, como aconteceu recentemente com um queijo francês que não se vendia por cá. Encomendaram, a pedido da cliente, e um já não chega para a procura.
“Também temos este gouda extra velho, holandês, com mil dias de cura. Era uma bola enorme e já está assim”, mostra Diana, destacando a importância de dar a provar os queijos que ali vende. É a melhor forma de conquistar quem passa. “Este queijo é exemplo disso, às vezes pela cor as pessoas não olham para ele, mas depois provam e rendem-se.”
Todos os queijos vendidos ao peso e cortados ali podem ser provados (os que já estão embalados, não). Mas também pode deixar-se ficar a comer numa das mesinhas postas na rua. Tanto pode pedir uma tábua de queijos à medida, como pedir sugestões sobre o que comer – há enchidos e vinho para acompanhar.
Além disso, há a opção de comprar um queijo e pedir uma parte para comer ali numa tábua e outra para levar para casa. É tudo feito à medida do cliente. “É uma verdadeira loja de queijos.”
Av. Sabóia 487G (Estoril). Ter-Sáb 10.30-20.00. Dom 10.30-13.30
+ Dois clássicos da gastronomia tradicional estão agora no Uber Eats
+ EMMA: um clube de praia em Cascais a saber a Verão o ano inteiro