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No Festival Periferias, o teatro é um acto de resistência (palestiana também)

Com os 50 anos do 25 de Abril como pano de fundo, o festival estende-se pela primeira vez a Lisboa. O programa inclui teatro, música, dança e palestras.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
festival periferias
© companhia a bruxa TeatroChovem Amores na Rua do Matador
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Entre 1 e 8 de Março, o Festival Periferias celebra os 50 anos do 25 de Abril, sob o tema “Geografia da Resistência”. Os espectáculos e actividades incluem teatro, música e dança. Pela primeira vez, o festival acontece em Sintra e também em Lisboa. 

Ao mesmo tempo que reflecte e comemora a Revolução, a 13.ª edição do Periferias privilegia e celebra todos e quaisquer actos de resistência e recebe criações nacionais e internacionais.

O festival arranca com a estreia de Toi, moi, Tituba…, performance de Dorothée Munyaneza, a 1 de Março, sexta-feira, às 19.30. Através da música e da dança, a artista aborda memórias da escravatura e reflecte acerca de histórias de vida que não foram contadas ou que foram esquecidas.

Ahmed Tobasi e Zoe Lafferty, directores artísticos da companhia palestiniana The Freedom Theatre, que foi recentemente nomeada para Nobel da Paz, lideram The Revolution’s Promise, um workshop que acontece durante três dias, entre 1 e 3 de Março. O projecto tem o objectivo de criar um debate global sobre a censura da cultura palestiniana e o papel das artes na luta pela justiça, igualdade e autodeterminação. Decorre entre as 14.00 e as 18.30 no Centro Cultural Olga Cadaval, sendo que a participação tem o valor de 15€ e requer inscrição prévia

Dia 2, a companhia a bruxa Teatro apresenta Chovem Amores na Rua do Matador na Casa de Teatro de Sintra, às 21.30. A peça narra o conflito entre Baltazar Fortuna e as três mulheres com quem este se relacionou. A 8 de Março, ainda na Casa de Teatro de Sintra e à mesma hora, a coreógrafa Teresa Fabião apresenta Una

A companhia Teatro do Vestido lidera a palestra performativa Desver – Uma Breve Performance Sobre Um País Ocupado Por Outro, na Escola Secundária Santa Maria, dia 5, pelas 19.00. A 7 de Março, às 15.00, o filme Elas também estiveram lá, com direcção de Joana Craveiro, é exibido no auditório do Centro Paroquial Rio de Mouro.

A exposição “Mulheres e Territórios de Resistência”, com curadoria de Paula Pedregal, co-directora artística do Chão de Oliva e curadora do festival, fica patente no MU.SA – Museu das Artes de Sintra de 1 a 31 de Março. O trio musical Coletânea Estefânia sobe ao palco do Auditório Acácio Barreiros do Centro Cultural Olga Cadaval, a 3 de Março, às 18.00. Ainda lá, mas a pensar nos mais pequenos, o colectivo teatral Saaraci apresenta Saaraci, o último gafanhoto do deserto dia 6, às 11.00. 

Os bilhetes para os espectáculos do Periferias podem ser adquiridos online ou com reserva directa pela bilheteira do Chão de Oliva, através do número 219 233 719.

Vários locais (Lisboa e Sintra). 1-8 Mar. Vários horários. 2,50€-5€

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