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No Labo, Arnaud quer cortar cabelo e criar um ambiente descontraído

No salão, que abriu o ano passado em Santos, os dois amigos Arnaud e Gary dão conta de todo o tipo de cabelos. O espaço é minimalista e a música costuma tocar todos os dias.

Beatriz Magalhães
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Beatriz Magalhães
Jornalista
Labo
Rita ChantreArnaud Juanola, proprietário do Labo
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Arnaud Juanola nasceu em França, mas saiu de casa cedo. Aos 19 anos, mudou-se para os EUA, para a Califórnia. Dois anos depois, regressou a França e decidiu enveredar pelo mundo dos cabelos, mas sempre com a vontade de voltar a viver fora. Fez um curso de cabeleireiro e Lisboa acabou por entrar na equação. Hoje, estamos no Labo, em Santos, onde, desde Julho do ano passado, Arnaud lava e corta o cabelo de quem entra.

Há cerca de três anos e meio, Arnaud veio para Portugal para trabalhar nesta área. Quando chegou, esteve no &SoWhat, no Chiado, e no Kooa Hair, em São Bento. Gostou mais do último, admite, e por isso percebeu que, ao abrir o seu próprio cabeleireiro, iria fazê-lo numa zona um pouco fora do centro da cidade. “Desde que cá cheguei, Santos sempre foi o meu bairro favorito. É tranquilo, residencial e gosto da mistura de locais e estrangeiros. Também gosto das lojas e dos restaurantes e não conhecia nenhum salão neste bairro”, começa por contar o francês de 30 anos. 

Labo
Rita ChantreLabo

O proprietário comprou o espaço e, dois meses depois, estava a abrir as portas do Labo. O nome deriva de laboratório, ou laboratoire em francês, mas, apesar disso, o ambiente é acolhedor. Nesta antiga farmácia, a decoração segue uma estética minimalista, onde predominam os tons neutros, o preto e o verde. “Gosto de coisas simples e de ordem, é da maneira que penso melhor. Queria ter um espaço aberto e minimalista, onde pudesse receber os clientes, e que tivesse uma boa energia, boa música e algumas plantas”, explica.

Uma das coisas que Arnaud mais gosta no local é o facto de por aqui passarem pessoas de vários sítios. “Gosto muito da diversidade que existe em Lisboa e isso nota-se nos clientes. Tenho 25% de portugueses, 25% de falantes de francês, tanto canadianos como suíços, e 50% de pessoas do resto do mundo. Há ingleses, americanos, franceses, portugueses e também da América do Sul, Médio Oriente, Ásia e Austrália. Há pessoas de todo o mundo, o que é muito fixe.”

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Rita ChantreLabo

O proprietário encarrega-se dos cortes, clássicos ou mais irreverentes, e do styling, tanto de homens como mulheres. A seu lado, junta-se o amigo de longa data, Gary Kampf, que é especialista em coloração. “Durante um ano, estive sozinho, mas desde início que queria trazer o meu melhor amigo de França. Ele mudou-se no Verão e é especializado em styling e cor, eu não. São duas cadeiras e dois amigos a cortar cabelo”, continua Arnaud. O valor do corte é fixo e é 40€ para homem e 50€ para mulher. Já pintar varia entre os 100€ e os 200€. Se for apenas as raízes fica por 50€.

Tanto para tratamentos como para styling, os produtos usados, que também se encontram à venda, são da marca italiana Davines. “É orgânica, sustentável, não é muito cara. Em relação a todas as marcas com que trabalhei desde que me tornei cabeleireiro, esta foi a que gostei mais. É muito natural, mas ao mesmo tempo é eficaz e funciona. Os clientes também gostam muito e quando entram e vêem que tenho a Davines dizem logo que adoram.” 

Labo
Rita ChantreLabo

Mais de um ano depois de abrir o Labo, Arnaud descarta qualquer ideia de abrir um segundo salão, mas vê-se um dia a sair de Portugal e abrir um cabeleireiro em Marrocos. “Se um dia tiver de sair de Portugal, talvez vá para Marrocos. Gosto do estilo de vida e continua a estar perto dos meus amigos, da minha mãe, da minha família. O sonho seria viver cá e lá”. Mas isto só daqui a uns bons anos. “Estou muito feliz por estar aqui e de ter o meu salão, mas a ideia não é cortar cabelo e estar atrás da cadeira até aos meus 60 ou 70 anos. Quero ver o que vem a seguir”, remata.

Rua de São João da Mata, 74 (Santos). 93 952 4732. Seg-Sáb 11.00-19.00

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