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O novo espaço do chef argentino ocupa a morada do antigo Catedral da Cerveja e traz um conjunto de novidades que vão da decoração à cozinha. No Luz, uma parceria que junta Chakall ao grupo Kofler, não faltam carnes, petiscos e pizzas, e nem o café de especialidade foi esquecido. Tudo com vista privilegiada para o palco de todas as emoções.
"Sou do Benfica desde a altura do [Pablo] Aimar", começa Chakall. Uma devoção que já o acompanha desde os tempos do River Plate, onde El Mago, como era conhecido Aimar. Depois da saída do jogador argentino, a ligação do chef ao clube da Luz manteve-se – e essa foi a principal razão para ter aceite o convite do grupo Kofler, que previa uma mexida drástica no conceito existente, transformando o restaurante à medida de Chakall.
"A ideia foi juntar três países, coisas da minha vida, e conceitos que já tenho fora do restaurante", explica, apostando principalmente na carne grelhada mas também nas pizzas e nos petiscos. "Passaram muitos argentinos pelo Benfica e eu queria que os jogadores tivessem um espaço onde pudessem comer a carne como na Argentina." O destaque é esse, a grelha, "inclusive a que aqui está foi feita especialmente para mim. E claro, as carnes maturadas", trazidas da Fortunna, a insígnia portuguesa especialista em carne. Aqui, o ojo de bife maturado (19,90€/300g), o baby beef (31,90€/600g) ou a picanha argentina (17,90€/250g) são as especialidades.
Sobre os petiscos, Chakall explica-os como uma paixão de longa data pela gastronomia nacional, e apesar de no El Bulo ter alguns recortes dessa mesma cozinha, são mais virados para a América do Sul. "Aqui queria ter coisas com farinheira, gambas à guilho, presunto". Razão pela qual a tábua de presunto (8€), as bolinhas de alheira e panko (6€/cinco unidades) ou os ovos com farinheira (6€) fazem parte da carta.
O terceiro ponto são as pizzas. À semelhança do Refeitório do Sr. Abel, em Marvila, e do L'Origine, no Parque das Nações, o Luz By Chakall tem uma secção inteiramente dedicada ao prato italiano. Há Margherita (7,90€), Benfica diavolla (11,90€), com molho de tomate, mozzarella, spianata picante e orégão; há também a maestro (14,90€), combinando molho de tomate, mozzarella, porcini, bacon, scamorza fumada e pão ralado aromatizado ou dois tipos de calzone: o clássico (10,90€) e o vulcano (11,90€), feito com mozzarella, spianata picante, ricotta e orégãos.
"Os pais chegam com crianças e se quiserem comer por dez euros, comem. Se quiserem gastar quarenta, gastam", justifica Chakall. Além das comidas, outra peça vital deste Luz é a garrafeira, encaixada no centro da sala, pautada pelo aspecto industrial, depois da remodelação profunda. "Tirámos todos os extras que cá estavam. Começámos as obras em Maio, fizemos uma cozinha completamente nova, instalação de gás, deixámos o tecto a descoberto", e decidiram-se pelas 115 garrafas, uma por cada ano do clube. "Não quero revelar tudo mas posso avançar que está ligada ao plantel do Benfica. Não há só vinhos portugueses. Vamos ter coisas especiais, fora do normal."
Há ainda um sports bar, pronto em breve, "para que as pessoas possam vir ver os jogos fora. E não é só do futebol mas das modalidades, para também as promover". Aqui, a estrela da companhia é o chakburger (8,90€) – hambúrguer de bovino, bacon, tomate, alface, maionese e picles, e a abertura de uma loja, no piso térreo, com "artigos meus e artigos ligados ao Benfica. Alguns surpreendentes, que não estás à espera de ver num estádio. Vamos ter uma gama de produtos de cozinha inteiramente vermelha."
Em dia de jogo, os clientes devem ser portadores de bilhete e as reservas estão limitadas aos 130 lugares. "Se as pessoas comprarem hospitalidade pelo Benfica, uma das partes do restaurante é reservada. A reserva tem de ser feita em antecipação", avisa o chef. O espaço está em soft-opening até à próxima segunda-feira, altura em que o Luz By Chakall passa a funcionar em pleno, com jantares.
Avenida Eusébio da Silva Ferreira (Estádio do Sport Lisboa e Benfica, porta 10). 21 6092872.