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Há pouco mais de um mês, Olivier da Costa abriu, no Largo do Rato, o Real Pérola. À semelhança do ÀCosta, que o empresário deu a conhecer este Verão e que recentemente foi o vencedor do voto do público nos TheFork Awards, este novo restaurante também tem uma carta que nos traz o melhor do mar português. Apelidado de "snack-mar", o Real Pérola aposta no marisco e, em especial, nas ostras. Mas também há pratos de carne, entre eles o pica-pau e o bife Olivier.
Em tempos, antes de se mudar para a Avenida da Liberdade, outro dos seus restaurantes, o Yakuza, teve morada nesta mesma rua. A localização não era por isso uma novidade para Olivier. “A zona é super cool. Temos uma cervejaria mais à frente, é uma zona um bocado mais turística. E a ideia é que, com o espaço lá fora, se crie aqui um ambiente e que as pessoas venham e fiquem aqui ao balcão”, diz-nos Olivier.
O projecto estava na gaveta há mais de três anos e, inicialmente, era para ser um oyster bar. “Não tenho nenhuma cervejaria e, como digo sempre, eu faço restaurantes que Lisboa precisa. Na minha leitura, achava que faltava um conceito de ‘oysters’. Por isso, a ideia começou com um oyster bar, com o camarão, o lavagante, o prego.” Mas depois, o espaço acabou por ditar outro caminho.
Durante muitos anos, este edifício albergou uma padaria histórica e, antes disso, no século XVIII, fez parte do conjunto original da Real Fábrica das Sedas. Actualmente, com as remodelações, o restaurante acabou por ficar com três salas diferentes. Na primeira, o bar e o balcão são peças centrais, rodeados de algumas mesas. O tecto trabalhado é o original, que foi recuperado. Seguindo para as salas seguintes, há uma aposta em cores mais fortes, como o verde floresta, e em elementos que fazem lembrar uma tasca portuguesa, como os azulejos e espelhos nas paredes.
A decoração, assinada pela italiana Camilla Degli Espoti, acaba por reflectir o ambiente que Olivier procura para o espaço. “É para ser uma coisa cool, em que as pessoas vêm comer qualquer coisa rápida, como um prego, bitoque, pica-pau. E o bom disto é que tens duas versões. Tens a versão mais internacional, com os tártaros e a salada russa. Depois, tens o conceito português, com a amêijoa, o camarão e o pica-pau”, explica. E ainda há as ostras – “é uma coisa mais afrancesada e, então, consegui juntar o que é afrancesado com o português. Basicamente é o Olivier, porque sou metade francês e português.”
A carta conta, assim, com ostras que vêm do Algarve (3 unidades/9€, 6 unidades/18€ e 12 unidades/28€), do Sado (3 unidades/9€, 6 unidades/18€ e 12 unidades/28€), de Aveiro (3 unidades/9€, 6 unidades/18€ e 12 unidades/28€) e de França (3 unidades/12€, 6 unidades/24€ e 12 unidades/32€). Nas entradas, há amêijoa à Bulhão Pato (26€), camarão à guilho (25€) e lingueirão shishou (23€). Já no marisco, encontramos quatro tipos de camarão: o tigre com molho real (39€), o banana (3 unidades/12€, 6 unidades/24€ e 12 unidades/40€), o rabo azul (3 unidades/15€, 6 unidades/30€ e 12 unidades/50€) e o alistado (12 unidades/18€). E também lavagante (47€) e lagosta (140€).
Nos principais, as opções vão desde o arroz de marisco (85€), talvez o prato mais composto, ao prego de atum (21€) e do lombo (24€), ao bife Olivier (35€) e ao pica-pau (33€). Para terminar, há bolo de chocolate (8€), quindim (7€) e bolo de bolacha (8€).
Está também disponível o menu executivo, de terça a sexta-feira ao almoço. Custa 25€ e inclui couvert, prato principal (prego de atum com batata frita, açorda de camarão, salada russa com camarão, prego do lombo com batata frita, ou bitoque do lombo), bebida e café.
Em relação a planos para o futuro, Olivier adianta que, no próximo ano, irá abrir três novos restaurantes, com “conceitos inovadores”. “Acabei de fazer 35 restaurantes, já me chega. Só que há sempre oportunidades e temos de as agarrar. Vão ser coisas giras e diferentes, que também faltam em Lisboa”, remata.
Rua da Escola Politécnica, 247 (Rato). 21 383 3030. Ter-Dom 12.30-15.30 e 19.00-00.00
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