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No Taza, partilham-se os sabores do Médio Oriente em sanduíches

A funcionar desde Setembro, no Cais do Sodré, no Taza aposta-se numa carta simples e rápida.

Cláudia Lima Carvalho
Bárbara Carvas
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Cláudia Lima Carvalho
Escrito por:
Bárbara Carvas
Taza
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Frescura é o lema deste novo restaurante no Cais do Sodré, a funcionar desde Setembro. Já por isso se chama Taza, que em árabe se traduz para fresco. Para além do pão Kaaké, a estrela do menu, todos os ingredientes usados são frescos e “de qualidade muito alta”, garante Anthony Abi Haidar, o chef e proprietário.

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Anthony, que outrora trabalhou em restaurantes de fine dining, mudou-se para Lisboa depois de umas férias. Tinha-se apaixonado pela capital portuguesa e queria também fugir à guerra no Líbano. Já instalado, percebeu que as sanduíches “estavam em falta” e decidiu por isso abrir um espaço dedicado às suas origens, com ajuda do primo Aziz Maakaroun e da mulher deste, Joelle Kiami. “Eu achei muito similar ao nosso país. O clima é parecido, as pessoas são parecidas, e os ingredientes são mediterrâneos como os nossos”, conta Anthony. 

Quando passamos pelo balcão somos confrontados com um grande forno, onde é colocado o pão Kaaké, uma mistura entre o pão pita e o bagel, coberto com sementes de sésamo e farelo de trigo, infundido com uma especiaria feita de sementes de cereja, que lhe confere um aroma de baunilha. Feito em frente aos clientes, sai do forno estaladiço. "Queremos que as pessoas se envolvam com os seus cinco sentidos. É uma experiência completa”, acrescenta o responsável. 

Do Mercado da Ribeira chega grande parte dos ingredientes, do Médio Oriente chegam, essencialmente, as especiarias. Não se fazem fritos e procura apostar-se em produtos biológicos. É o caso das bebidas (4€), com sabores como limão e mate, pêssego e gengibre, e framboesa e tomilho, embora tenham ainda vinhos naturais, cervejas e águas.

Já nas sanduíches, destacam-se a "cooked shawarma", típica libanesa com carne de vaca; a "middle eastern caesar", com frango grelhado; e a "classic mista", uma sanduíche adaptada ao nosso país e que combina uma mistura de queijos portugueses e fiambre. A "hummani", com hummus e cogumelos selvagens, apresenta-se como a opção vegana, mas também há a vegetariana "simply cheese", uma mistura de queijos libaneses. Os preços, esses, rondam os 8,65€ e os 15,50€. Há ainda espaço para entradas e saladas. E para terminar, a sobremesa "choco – hava", recheada com chocolate e banana, mostra como o pão Kaaké combina não só com o salgado, como também com o doce.

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O espaço do restaurante, com uma decoração minimalista a cargo de Joelle, arquitecta de interiores, apresenta cores neutras e uma capacidade de 12 pessoas no interior e 13 na esplanada. Numa junção da bandeira libanesa e da portuguesa, segue tons de verde, branco, bege e ainda, um toque de vermelho. 

Tendo em conta o movimento nocturno do cais do Sodré, o Taza aposta também em cocktails libaneses. Todos os meses há o cocktail do mês. “Aqui as pessoas bebem muito à noite”, conta Aziz. 

Quanto ao futuro, sem muitos planos ainda, a ideia é abrir mais restaurantes e Cascais é um destino apelativo. “Temos amigos em Cascais que nos perguntam muitas vezes quando vamos para lá”, remata Joelle. Além disso, a hipótese de abrir de manhã está também em aberto, começando desde logo a servir o pequeno-almoço.

Rua da Moeda 2A R/C Esq (Cais do Sodré). 924 359 763. Seg-Sáb 12.00-23.00

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