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No TBA, há ‘Mulherzinhas’ e realidade virtual até ao fim do ano

Entre Setembro e Dezembro, o Teatro do Bairro Alto apresenta novos espectáculos e o regresso de outros. Destacam-se criações de Marco Mendonça, Figs in Wigs e Faye Driscoll.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
O Centro do Mundo
© Leonor FonsecaO Centro do Mundo
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A partir de Setembro, a nova temporada do TBA apresenta uma reposição, uma peça que já ali se devia ter estreado e um festival de artes performativas. Pelo meio, alguns concertos e conversas também sobem ao palco. As criações exploram várias temáticas, desde a experiência humana a clássicos da literatura.  

Entre os dias 4 e 7, volta Blackface, de Marco Mendonça, que se estreou na última edição do Alkantara Festival e que parte de experiências pessoais e do blackface como prática teatral racista. Nos dias 12 e 13, a companhia inglesa Forced Entertainment junta-se ao bailarino e coreógrafo Seke Chimutengwende para apresentar If All Else Fails, um diálogo de falas e movimentos e de perguntas e respostas interpretado por Chimutengwende e por Cathy Naden, uma das fundadoras da companhia. A 25 e 26, é a vez de Michael Turinsky levar Precarious Moves ao TBA. É um solo biográfico que questiona as necessidades de mobilidade e a urgência de uma mobilização social mais ampla. 

Entre 5 e 13 de Outubro, Sofia Dinger dá-nos a conhecer Um Ano A Flor. Durante os quatro dias de apresentação, a peça divide-se nas diferentes estações do ano. Já entre os dias 22 e 25, o destaque vai para O Centro do Mundo, da autoria de Ana Borralho e João Galante. Numa instalação de som e luz, que integra o uso de realidade virtual, a obra pretende diluir as fronteiras entre os dualismos da experiência humana. Também em Outubro, entre 16 e 20, o TBA leva-nos à Biblioteca Camões, onde Clara Amaral apresenta Ela Deu-me Eu Dela Recebi, uma recriação e reescrita em português da performance She gave it to me I got it from her, que se estreou no Alkantara Festival, em 2021. 

Em Novembro, a 2 e 3, a nova-iorquina Faye Driscoll faz a sua estreia em Lisboa com Weathering, que junta dez pessoas em palco num quadro vivo que se vai transformando lentamente. Nos dias 16 e 17, as criadoras Émilie Monnet e Waira Nina fazem ecoar as vozes indígenas acerca da destruição da Amazónia colombiana por empresas petrolíferas e mineiras em NIGAMON/TUNAI.

A próxima edição do Alkantara Festival também pisa o palco do TBA com 52Blue, de Francisco Thiago Cavalcanti, entre 23 e 25 de Novembro. Segue-se, entre 5 e 8 de Dezembro, Uma Peça Para Quem Vive em Tempo de Extinção, adaptada por Ana Tang e Guilherme Gomes, co-apresentada com o Teatro Nacional D. Maria II. Nos dias 19 e 20 de Dezembro, as Figs in Wigs apresentam finalmente Little Wimmin, peça que estava prevista estrear-se em Fevereiro deste ano no TBA. A companhia inglesa faz uma espécie de adaptação de Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. 

Até ao fim do ano, o Teatro do Bairro Alto apresenta ainda concertos e ciclos de conversas. Toda a programação pode ser consultada no site.

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