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O espaço é pequeno, mas suficiente para acolher a colecção permanente desta marca portuguesa, que chegou ao mercado no final de 2023. À direita, o expositor dá destaque àquelas que são as peças-estrela da Norm – as cuecas menstruais que dispensam o uso de pensos, tampões e outras formas de absorção descartáveis. Adequam-se a diferentes necessidades e podem ser usadas também por quem sofre de perdas urinárias. Além da ecologia, através da reutilização destas peças, a marca mantém-se fiel à missão de normalizar a menstruação. Faltava só mesmo aproximar o produto da clientes e permitir que vejam de perto, toquem e experimentem os cinco modelos disponíveis.
"As pessoas querem usar roupa interior que se ajuste bem ao seu corpo, com que se sintam confortáveis e bonitas – esse também é o nosso propósito –, por isso é que experimentar é tão importante", refere Catarina Barreiros, uma das fundadoras da marca, juntamente com as irmãs Ana Cristina Faria e Ana Patrícia Faria. O espaço, parte da loja ocupada pela marca de cerâmica San Pi, foi decorado com peças vintage – embora nada seja mais vintage do que o tapete de Arraiolos que pisamos, uma relíquia de família que Catarina trouxe para dar ainda mais conforto. "Depois, temos sempre um café ou um chá para quem quiser vir acompanhar e participar nesta experiência. Às vezes vêm mães, filhas, maridos, mulheres ou amigas e assim podem sentar-se, ficar aqui com calma", continua Catarina.

De volta ao expositor principal, são cinco os modelos de cuecas que a marca tem para mostrar, todos eles produzidos em Portugal a partir de uma série de escolhas feitas a pensar no ambiente, mas também no conforto de quem usa. Diversos níveis de absorção, cintura mais ou menos subida, cortes mais ou menos cavados, com ou sem renda – as opções dividem-se entre os modelos Bárbara, Carmo, Helena, Letícia e Antónia, os dois últimos lançados bem mais recentemente, a pensar nos diferentes tipos de corpos. Também a paleta de cores tem crescido – latte foi o último tom a ser lançado para se juntar ao burgundy, ao preto, ao rosa e ao terracota. Nos materiais, destaque para o uso do lyocel, fibra natural obtida a partir da celulose, mas também para o algodão orgânico no interior das peças e para a renda reciclada.
"Não estávamos à espera que a marca crescesse tanto neste último ano. E estamos a crescer muito em Portugal, que é uma coisa que nos dá muito orgulho. É muito difícil para uma pequena marca portuguesa crescer sem ser através do mercado internacional. Queremos lá chegar, mas também queremos que seja feito de forma calma e consciente. Agora, temos de começar a pensar, devagarinho, noutros países europeus", partilha.

Ainda sem datas, as três sócias admitem estar já a pensar na abertura de uma loja própria no norte do país. Mas antes disso, já em Maio, a Norm aventura-se no mundo do swimwear com o lançamento de um fato de banho e de um biquíni, também eles feitos em Portugal. Para isso, vai usar tecidos reciclados e uma escala de tamanhos do XXS ao XXL. Até porque a inclusão é outra das causas da marca. Como resume Catarina: "É melhor conseguir servir toda a gente do que ter apenas um nicho, não é?".
Rua de Campo de Ourique, 18A (Campo de Ourique). Ter-Sáb 11.00-19.00
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