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Norte-americano Machine Gun Kelly confirmado no NOS Alive deste ano

O popular rapper, cantor e músico vai tocar pela primeira vez em Portugal a 8 de Julho. No seu mais recente disco, ‘Mainstream Sellout’, o hip-hop e o pop-punk confundem-se.

Luís Filipe Rodrigues
Editor
Machine Gun Kelly
DRMachine Gun Kelly
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Onze anos após edição do primeiro disco por uma multinacional e depois de quase duas décadas a lançar mixtapes, o rapper, cantor e compositor norte-americano Machine Gun Kelly vai actuar pela primeira vez em Portugal. A estreia está marcada para 8 de Julho e é uma das raras e pertinentes surpresas num NOS Alive que tem apostado sobretudo em nomes internacionais bem conhecidos dos portugueses, incluindo uns quantos que ainda no ano passado cá estiveram – os IDLES por duas vezes, no Coliseu dos Recreios e no Vodafone Paredes de Coura, Tash Sultana e Jacob Collier também no Coliseu e não só, Arctic Monkeys no MEO Kalorama, Angel Olsen no Capitólio...

Claro que não é só o NOS Alive que faz isto. Não é raro, especialmente para quem ganha a vida a escrever sobre música, olhar para os cartazes dos festivais de Verão e suspirar: “Outra vez arroz…” Ano após ano, nomes repetem-se, procura-se por algo, qualquer coisa nova, e nada. Basta comparar o cartaz do Primavera Sound espanhol e do seu congénere português para perceber isso – e não, não são questões de escala, nem falta de vontade dos públicos, apenas um misto de comodismo e gostos dos programadores. Claro que há excepções. De vez em quando dão-nos um C. Tangana ou uns The 1975, estivemos quase a ter cá a Taylor Swift e o Bad Bunny (saudades, cartazes de 2020). Mas normalmente vêm cá os mesmos de sempre. Sempre.

É por isso que a confirmação de uma figura como Machine Gun Kelly é uma boa surpresa. Há nomes maiores, melhores e muito mais gabados pela crítica no cartaz, mas o artista norte-americano chega a outros públicos, mais jovens, e é uma adição de peso ao alinhamento deste NOS Alive. Mesmo que não diga grande coisa às gerações X e Y, ele é uma das poucas estrelas rock surgidas nos últimos anos, a quem nem falta uma companheira igualmente famosa, a actriz Megan Fox – apesar de vir do meio do hip-hop e ter sido assinado pela Bad Boy Records de Sean Combs há já uma dúzia de anos.

Nascido em 1990, Colson Baker, o homem que hoje conhecemos como Machine Gun Kelly, cresceu a ouvir tanto rock como rap, sem fazer distinções. E se inicialmente era sobretudo a influência do hip-hop que se escutava nos seus lançamentos (Eminem e DMX eram pontos de comparação óbvios), com o tempo as guitarras foram ganhando protagonismo e nos dois discos editados nesta década, Tickets to My Downfall (2020) e Mainstream Sellout (2022), o hip-hop e o pop-punk confundem-se. Está longe de ser o primeiro ou o melhor a combinar estes géneros, mas é um dos mais conhecidos.

Não se admirem, por isso, se ele for o cabeça de cartaz do último dia do festival, acima de Sam Smith e dos Queens of The Stone Age – de momento, o seu nome aparece à frente dos deles no Palco NOS, o mesmo onde vão tocar os Red Hot Chili Peppers, The Black Keys (a 6), Arctic Monkeys, Lizzo ou IDLES (a 7). Por agora, ainda se encontram à venda bilhetes para todos os dias do NOS Alive. Os preços começam nos 74€ e sobem até aos 179€, no caso dos passes para os três dias.

Passeio Marítimo de Algés (Oeiras). 6-8 Jul (Qui-Sáb). 74€-179€

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