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Os Países Baixos já estão fortemente associados a uma cultura de utilização da bicicleta, mas essa realidade está prestes a tornar-se ainda mais evidente graças a uma nova política em matéria de congestionamento.
A 1 de Janeiro de 2025, 14 cidades neerlandesas, incluindo Amesterdão, Roterdão, Utrecht e Haia, implementaram novas zonas de emissões zero, na esperança de reduzir drasticamente as emissões de CO2. Até ao final do ano, mais quatro cidades neerlandesas irão implementar estas zonas.
As zonas não proíbem a entrada de todos os veículos – em vez disso, proíbem a entrada de carrinhas e camiões poluentes que transportam mercadorias e entregas comerciais, que têm vindo a aumentar desde o crescimento do comércio electrónico.
Então, como é que funciona? De acordo com o Zag Daily, as câmaras instaladas no perímetro de cada zona lêem as matrículas dos veículos que entram na zona e comparam-nas com uma base de dados central. Os veículos infractores terão multas emitidas automaticamente.
“Desde a década de 1970, as cidades de todo o país têm implementado uma abordagem eficaz ‘pau e cenoura’ [castigo e recompensa], que consiste em oferecer alternativas atractivas à condução (tais como redes densas e de alta qualidade de ciclovias e de transportes públicos), tornando-as pouco atractivas através da acalmia do tráfego, da circulação e da restrição”, afirmou Chris Bruntlett, director para as Relações Internacionais da Embaixada Holandesa de Ciclismo.
Estas novas zonas são a parte do “pau” dessa estratégia, para lidar com os veículos de transporte de mercadorias. Os próximos cinco anos funcionarão como um período de transição, na esperança de eliminar gradualmente todos os veículos, excepto os de emissões zero, até 2030.
O transporte de mercadorias ainda precisa de entrar e sair destas zonas, obviamente, pelo que o papel das bicicletas de carga deverá tornar-se mais importante – já existem cerca de 9500 em utilização nos Países Baixos, mas o mercado global deverá crescer para uns impressionantes 2,4 milhões de euros até 2031.
Interessante, não é? Teremos de esperar para ver se outros países adoptam abordagens semelhantes.
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