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Quatro anos depois de ter aberto no Chiado, o Afuri abriu uma segunda casa, maior e mais bem equipada na outra ponta da cidade. Se o primeiro se aproxima de uma taberna japonesa, a experiência neste segundo espaço quer-se semelhante à de uma ramen shop no Japão, onde o cliente trata do pedido logo à entrada num quiosque digital. Aqui, não há sushi nem nada que se pareça, o foco são os ramens e os dumplings, e tudo é feito em casa.
A ideia, na verdade, é que o Afuri do Parque das Nações sirva de loja modelo para a expansão europeia – Viena, na Áustria, já está fechado –, com a produção feita aqui a ser distribuída depois pelos outros restaurantes. É assim que já acontece com o restaurante do Chiado. “No Chiado faltava-nos espaço e por isso retirámos esta operação para aqui”, diz Tiago Pimentel, supervisor da marca em Portugal. Agora, ao contrário do que acontecia no centro da cidade, onde os noodles eram congelados, vindos do Afuri no Japão, é tudo caseiro. “Fazemos tudo de raiz. Não compramos nada feito, mandámos vir máquinas específicas do Japão para podermos fazer isso”, continua, explicando que mesmo as gyosas são caseiras. “Temos uma máquina que permite fazer 300 gyosas por hora e uma marmita [uma espécie de panela industrial] com capacidade para fazer 500 litros de caldo.”
No Afuri do Chiado ainda se come ramen, mas a lista ficou mais contida (agora só há quatro). Já no Parque das Nações, o ramen e os dumplings reinam. Nas sopas, há oito opções quentes e duas frias, onde se destacam os bestsellers do primeiro Afuri como o tonkotsu shio (12€), cujo caldo é feito à base de ossos de porco cozinhados durante horas; o yuzu shoyu (12€), com um caldo de frango; ou o vegetariano hazelnut tantanmen (14€), com caldo de avelã, alho francês, óleo de sésamo picante, crumble de miso-caju, shitake em soja branca, bok choy em alho e miso tare de sésamo picante.
Nos dumplings, são várias as novidades. Tiago Pimentel destaca não só as diferentes gyozas (6€-10€), como a sopa com as mesmas (7€ ou 8€ se for picante), mas também os cinco pratos de arroz gohan (arroz japonês cozido) que tanto podem levar carne de porco (9€) como frango (9€), havendo também uma opção vegetariana (9€). “Quisemos incluir estes pratos para os clientes que não querem comer ramen”, conta o responsável. Falta dizer que também aqui está o cobiçado soft shell crab bun (6€), o mesmo é fizer o bao de caranguejo de casca mole.
Sobremesas não há, explica Tiago Pimentel, porque nas ramen shops que tentam replicar os doces não são a norma. Mas, à semelhança do que acontece no Chiado, há bons cocktails, com ou sem álcool. “Fazemos alguma fusão entre Portugal e Japão, mas são cocktails muito simples, pouco elaborados porque o que nos preocupa mais é o conteúdo e não aquilo que o copo apresenta”, defende Tiago. Veja-se o caso da limonada da casa (3€), aqui feita com yuzu. E, como não podia deixar de ser, há saké para acompanhar, se assim pretender.
Sobre a escolha do Parque das Nações para dar vida a este Afuri, Tiago Pimentel lembra um inquérito feito no Instagram que pedia a chegada da loja à zona oriental da cidade. “Quisemos tentar perceber onde as pessoas nos queriam. Havia várias opções, mas acabou por aparecer este espaço. É uma zona empresarial muito grande e sentimos que conseguimos abranger uma área totalmente diferente, também no delivery”, justifica. “Tínhamos oportunidade de ir para o Príncipe Real, mas não fazia sentido, era muito perto”, acrescenta, deixando no ar a possibilidade de o Afuri vir a ter mais um restaurante no futuro próximo, desta vez na zona de Oeiras. “O Afuri vai estar os clientes querem que estejamos.”
Av. Dom João II 45 (Parque das Nações). Seg-Sex 12.00-15.00, 18.00-23.00, Sáb 12.00-23.00, Dom 12.00-22.00
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