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O Chá da Barra é um salão de infusões e bifes do lombo

Sebastião Almeida
Escrito por
Sebastião Almeida
Chá da Barra
Manuel Manso
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Nasceu em Oeiras há uma década, mas mudou-se para Lisboa. O Chá da Barra tem os chás, os scones e os bolos, mas aposta agora numa cozinha própria, com comida de qualidade.

Na família de Rita e Raquel Costa sempre houve uma tradição gastronómica presente. A mãe, a tia e a avó são mulheres versadas na cozinha e senhoras de um receituário passado de geração em geração. O Alto da Barra, em Oeiras, foi o primeiro sítio que escolheram para abrir o Chá da Barra. Daí mudaram-se para o Palácio do Egipto, uma casa do século XVIII, quando venceram um concurso da câmara municipal, e por lá ficaram. Esta nova aposta fora de Oeiras surgiu então da vontade de trazer as suas criações para Lisboa e testar como funciona o negócio na capital.

As irmãs quiseram mudar de vida a certa altura. “Despedi-me do meu trabalho e estava à procura de um negócio”, conta-nos Raquel, no seu novo salão em Lisboa. O Chá da Barra parece, à primeira vista, uma singela casa de chá. Tem os bolinhos cuidadosamente dispostos na montra, a decoração a fazer lembrar as pâtisseries parisienses, os scones e as compotas caseiras. Isso e bifes. Do lombo ou da vazia (16€/10€), embebidos num molho caseiro quase secreto, como nas tradicionais cervejarias.

Chá da Barra 2
A montra está repleta de salgados e de doces, todos de fabrico caseiro
Manuel Manso

A sala é aprumada, cheia de luz em dias soalheiros. Agradável para ler o jornal de manhã, ou uma boa opção para um jantar de grupo.

A pastelaria e salgados são todos caseiros. Croquetes, empadas, croissants e pão, “tudo feito em Oeiras e trazido para Lisboa de manhã”, garante Raquel. Os doces, como o bolo de crepe com natas e chocolate é uma receita antiga de família. Doce, é certo, mas nada enjoativo, com as quantidades certas de açúcar. Os scones (1,4€), pelos quais ganharam fama, não desiludem. A massa é consistente e resiste ao teste de faca sem se esfarelar quando se abre para barrar com a compota caseira de laranja.

A pensar na zona residencial e de serviços em que está inserida, entre o centenário Sport Futebol Palmense e a loja do cidadão, nas Laranjeiras, há menus de almoço com prato do dia (9€), sopa (1,5€) ou de refeições leves (sopa e fatia de tarte com salada, bebida e café por 7,5€). Também há tostas em pão saloio, mistas (3,5€) ou com queijo de cabra (4,5€). Os chás são todos de produção biológica e misturados na casa e, na carta, todos têm uma explicação detalhada.

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O bolo de crepe com natas e chocolate é uma receita de família
Manuel Manso

O brunch, implementado há três anos, é uma imagem de marca no café de Oeiras. Há três diferentes: o Bom Dia (9,5€) com iogurte, sumo natural, fatia de bolo, scone, café, pão e ovos; o da Villa (16€), mais substancial, com sopa, croissant e salada; ou o Veggie (16€), que substitui todos os elementos de proteína animal. Ainda não está disponível em Lisboa, mas será uma questão de tempo.

Rua Manuel da Fonseca, 8, loja 8A (Laranjeiras). 215 857 662. Seg-Sex 11.00-19.00.

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