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O eléctrico 28 está metido num 31

Escrito por
Luís Leal Miranda
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A semana passada, na Assembleia Municipal, debateu-se o futuro do eléctrico mais famoso de Lisboa.

O grande afluxo de turistas, as filas intermináveis, a compra de bilhete ao motorista e os carros estacionados em cima dos carris estão a transformar a experiência do eléctrico 28 num autêntico inferno. E os mais prejudicados nem são os visitantes que querem experimentar o passeio “very typical”, mas sim os habitantes de Lisboa que dependem daquele meio de transporte para fazer a sua vida.

Para tentar salvar o 28 enquanto meio de transporte (e não como entretenimento para forasteiros), foi debatida no dia 30 na Assembleia Municipal uma proposta “Para um eléctrico 28 mais digno e mais fiável, servindo melhor residentes e visitantes”.

O documento reuniu 719 assinaturas e contém propostas de como voltar a fazer deste eléctrico uma alternativa de mobilidade de confiança. A saber: aumento de unidades de circulação na linha, proibir a compra de bilhetes a bordo (um dos grandes motivos das filas e demoras), colocar máquinas de venda automática e reforçar a linha com miniautocarros que façam exactamente o mesmo percurso. Pede-se ainda a criação de uma linha directa entre o motorista e a Polícia, para que resolva rapidamente o problema dos carros estacionados a impedir a passagem.

Todos os pontos da petição foram aprovados em Assembleia Municipal e ainda se levantou a possibilidade de o eléctrico 28E ter acesso exclusivo através do passe, o que beneficiaria os utilizadores frequentes. Ainda não sabemos ao certo quando vão ser aplicadas estas medidas mas, assim como está, o eléctrico 28 não está bom nem para carteiristas.

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