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O festival Afrábrica quer misturar culturas e revelar talentos

“Há talento criativo que está na cidade, mas que as pessoas desconhecem”, diz Mbye Ebrima, director artístico do festival Afrábrica, que se vai realizar a 23 de Outubro.

Joana Moreira
Escrito por
Joana Moreira
Jornalista
Afrábrica Festival
DRBárbara Wahnon
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A Fábrica Braço de Prata recebe, no dia 23 de Outubro, um festival que celebra a multiculturalidade e a cultura africana. Ao longo de todo o dia há espectáculos de world music, workshops, um mercado e até uma barbearia. A programação cultural fica a cargo do músico e compositor Mbye Ebrima.

“Portugal é um país muito multicultural, mas às vezes é difícil para as pessoas encontrar espaços e envolverem-se. Por isso tento com os meus contactos fazer por isso”, conta Mbye Ebrima. O artista, natural da Gâmbia, está a viver em Portugal há seis anos – estava a viajar pelo mundo quando, numa paragem por Lisboa, se rendeu à cidade. “Lisboa é uma cidade multicultural com diferentes tipos de comunidade e pessoas”. 

Um dos propósitos do evento é precisamente dar a conhecer novos artistas de diferentes comunidades. “Há pessoas que têm imenso talento e criatividade, mas não têm este apoio financeiro ou o que seja para levar os seus projectos a muitos sítios. Este festival não é só sobre música, mas também sobre talento criativo que está na cidade, mas que as pessoas desconhecem. É essa a minha ideia para este festival”, resume. 

Mbye Ebrima
DRMbye Ebrima

Na programação musical está o próprio, mas também Maio Coopé, Bárbara Wahnon, Lindu Mona e Kora Orchestra. Há também DJ sets de Magic Beatz e Deeds. Além da música, é possível participar em workshops de djembe ou dança e assistir a um momento de storytelling musical com instrumentos tradicionais.

Na Fábrica do Braço de Prata vai estar também um mercado, com roupa e opções gastronómicas, e “uma barbearia diferente, com uma rapariga portuguesa e um rapaz da Guiné-Bissau que têm talentos diferentes e que criaram uma loja em conjunto”. Há ainda uma zona de massagens para quem quiser ter um momento de relaxamento entre actividades. 

“Tentei selecionar diferentes tipos de músicos, um de Angola, outro de Cabo Verde, eu sou da Gâmbia, tenho workshops da Guiné-Bissau”, diz Mbye, destacando a importância de chegar a um programa diverso. “Não quero capitalizar os países que estão só relacionados com Portugal, mas misturar também países que estão apenas um pouco ligados. Portugal colonizou muitos países em África, mas mesmo os países que não colonizou… há lá portugueses. Até na Gâmbia, no meu país, havia portugueses.”

Os bilhetes custam 15€ e podem ser comprados à porta ou reservados através do e-mail afrabricafestival@gmail.com.

Fábrica Braço de Prata. R. Fábrica de Material de Guerra, 1 (Marvila). Sáb 15.00-02.00. 15€.

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