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Pedro Costa é um dos principais divulgadores do jazz e da música improvisada actual, não só em Portugal, mas no mundo. Há 22 anos à frente da editora Clean Feed, organizou festivais em Nova Iorque e Chicago, no Porto e em Lisboa, editou novos talentos e nomes históricos do free jazz, mas não só, portugueses e estrangeiros. Na tarde de quarta-feira esteve na sala de esgrima do Campus de Campolide da Nova, a falar com Stewart Smith (The Wire), Guy Peters (Free Jazz Collective) e os investigadores Pedro Rôxo e Beatriz Nunes (também música) sobre o presente (e o futuro) do jazz. Foi o primeiro momento do festival Causa Efeito, que se prolonga até sábado.
Integrado nas comemorações dos 50 anos da Universidade Nova de Lisboa, e programado pelo próprio Pedro Costa, o festival pode resumir-se a uma mesa redonda e 13 espectáculos de free jazz e música improsivada, incluindo quatro estreias mundiais e cinco em território nacional. O destaque desta quarta-feira é o concerto do contrabaixista Carlos Bica, que apresenta o álbum Playing With Beethoven a partir das 21.30, acompanhado por DJ Illvibe, no gira-discos, Daniel Erdmann, no saxofone tenor, e João Barradas, no acordeão. Antes, o virtuoso da tuba Sérgio Carolino toca o lusofone Lúcifer, com que gravou o disco Below 0, no ano passado. Duas estreias em Lisboa.
No segundo dia, pelas 19.00, o auditório de Campolide recebe o projecto Abyss Mirrors, liderado pelo guitarrista Luís Lopes e composto por intérpretes de topo como Flak (guitarra eléctrica), Jari Marjamaki (electrónicas), Travassos (electrónicas), Felipe Zenicola (baixo), Yedo Gibson (saxofones tenor, alto e soprano), Bruno Parrinha (saxofones alto e soprano), Helena Espvall (violoncelo), Maria da Rocha (violino) e Ernesto Rodrigues (viola). Às 21.30 é a vez da estreia mundial do trio de Susan Alcorn (guitarra pedal steel), José Lencastre (saxofone) e Hernâni Faustino (contrabaixo).
Há o dobro dos concertos na sexta-feira. Pelas 18.00, o duo de João Barradas (acordeão) e Hugo Carvalhais (contrabaixo) dá o primeiro concerto; a partir das 19.30 toca o trio The Selva; às 22.00, Susana Santos Silva (trompete) e Carlos Bica (contrabaixo) ocupam o palco, numa estreia mundial; e às 22.30 o trio Move mostra o que vale no bar. Não é preciso pagar para ver este último concerto.
No sábado, há mais cinco. Primeiro, às quatro da tarde, o quinteto de Isabel Rato dá um concerto pedagógico e comentado, perfeito para famílias com filhos pequenos. Seguem-se três projectos em estreia nacional: o trio One Small Step, pelas 18.00; o duo de Margaux Oswald (piano) e Jesper Zeuthen (saxofone), às 19.30; e o trio de Sophie Agnel (piano), John Edwards (contrabaixo) e Steve Noble (bateria), a partir das 22.00. Por fim, às 23.30, Luís Vicente (trompete) e Tony Malaby (saxofones) encontram-se pela primeira vez, à frente de um grupo que inclui ainda de Gonçalo Almeida (contrabaixo) e Pedro Melo Alves (bateria). A liberdade vai passar por aqui.
Universidade Nova de Lisboa – Campus de Campolide. Qua-Sáb.
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