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Dino d’Santiago, Pongo, Omar Souleyman, Pedro Mafama, Rita Vian, Soraia Ramos e Sam The Kid são alguns dos nomes do cartaz do Iminente TakeOver. Além dos concertos, no fim-de-semana de 14 e 15 de Outubro, a Praça do Comércio acolhe diversas manifestações da cultura urbana, entre artes visuais, dança, desportos urbanos, projectos comunitários, conversas ou gastronomia.
Depois do Jardim Municipal de Oeiras, do Panorâmico de Monsanto e da Matinha, o festival nascido em 2016 ocupa agora a Praça do Comércio para “questionar a noção de margens no centro mais simbólico do país”, de acordo com a organização. A música é um dos assuntos desta conversa e a 14 de Outubro sobem ao palco nomes como Branko, Dino D’Santiago, Fado Bicha ou Sam the Kid, enquanto no dia seguinte se destacam os concertos de Cachupa Psicadélica e Pedro Mafama.
O Iminente Takeover pretende questionar o binómio centro/periferia, sugerindo que “numa mesma cidade – ou sociedade – coexistem diversos centros”. Nesse sentido, artistas como Fiumani, Cássio Markowski, Vhils Studio, Márcio Carvalho e Dish desenvolveram trabalhos especialmente para o festival, sob o tema da descentralização, no âmbito do projecto Bairros – Workshops Artísticos Comunitários Iminente (a decorrer na Alta de Lisboa, Rego, Vale de Alcântara e Vale de Chelas).
Será ainda inaugurada a instalação Liberdade Iminente que evoca o 25 de Abril de 1974. Uma obra multidisciplinar que conta com o envolvimento de Ângela Ferreira, Piny e Scúru Fitchádu, artistas com origem nas antigas colónias de Moçambique, Angola e Cabo Verde, evocando “processos políticos de representação e visibilização para falar sobre a descolonização”. O recinto terá ainda outra instalação colectiva, composta por mais de 70 bandeiras criadas por igual número de artistas, incluindo ±MaisMenos±, PichiAvo, Tamara Alves, Unidigrazz, Rita Ravasco ou Noah Zagalo.
Apesar de acontecer em Outubro, vai também haver um arraial no Iminente. Durante os dois dias, o Espaço Arraial vai receber empreendedores dos bairros periféricos da zona de Lisboa. Segundo a organização, o público “vai encontrar a melhor cachupa de Lisboa, as épicas chamuças da Alta de Lisboa ou o novo menu saudável do Bairro do Rego, entre outras iguarias”, num espaço da cidade que a directora do festival, Carla Cardoso, considera “cada vez mais moldado pelo turismo, enquanto as comunidades locais e a cultura urbana estão progressivamente circunscritas a outros centros”.
Praça do Comércio. 14 e 15 de Outubro (Sáb e Dom). Entrada livre.
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