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A taqueria ao domicílio de Pedro Leitão materializou-se num restaurante a sério na Alameda, com o mesmo nome do projecto, El Taco Chingón. Do guacamole às margaritas, passando pelos tacos, provámos de tudo. Só não pusemos os sombreros.
Se o el taco chingón não vier até nós, vamos nós até ao El Taco Chingón. Foi em 2017 que Pedro Leitão começou um projecto de chef ao domicílio, inteiramente dedicado à comida mexicana – o nome, em calão, poderia traduzir-se por “o taco fixe”. Continua a levar guacamole, triângulos de tortilhas fritas, tacos, margaritas e até sombreros e máscaras de luchadores até sua casa, mas agora, além de uma cozinha de produção no centro de Lisboa, tem umas quantas mesas num restaurante na Alameda, que também terá uma forte componente de entregas.
“A cozinha que o Pedro estava a usar era na Malveira e havia cada vez mais pessoas a perguntar se dava para fazer entregas em diferentes de zona da cidade”, conta Francisco Castelo Branco, o sócio, que também é um dos responsáveis pelo Chickinho, com entregas ao domicílio de frango no churrasco. A primeira ideia foi só usar uma cozinha no centro da cidade para começar a agilizar entregas e os eventos em casas alheias, mas o espaço acabou por permitir terem também restaurante, um sonho antigo de Pedro. E o menu cresceu: nas entradas há o guacamole (3,50€), o pico de gallo (3,50€), e o frijol refrito (3,50€, puré de feijão frito), todos acompanhados por tortilhas fritas, mas também novas quesadillas, como a de queijo derretido com cogumelos (5,50€, três unidades), a simples só de queijo, ou a de queijo e fiambre (4,50€, três unidades).
Antes de aumentar a lista de tacos, Pedro – que começou tudo isto quando regressou do México, país onde viveu quase oito anos – quis criar outras possibilidades de acompanhamentos e refeições mais ligeiras. Assim há uma sopa de tortilha, com tortilha frita, frango, abacate, requeijão e sour cream (3,50€) e duas saladas bem generosas, a veggie, com pimento vermelho e verde, milho, feijão, cebola roxa, tomate e molho picante suave de guacamole, e a de frango (7,50€). Existe ainda uma sanduíche, ou torta, em mexicano, com carne al pastor, temperada com achiote, queijo, abacate, alface e tomate (7€).
Nos tacos, as estrelas deste Taco Chingón, há 11 variedades. O de atum, servido em tortilha crocante, com maionese de malagueta chipotle, abacate e alho francês frito (três unidades, 9€), tornou-se um bestseller no serviço de chef em casa. Nas novas entradas está a tostada veggie, com a tortilha crocante com chuchu, feijão verde, cenoura, curgete, milho, sour cream e requeijão (três unidades, 7€), o camarón al fisher’s, com miolo de camarão em molho de chipotle e queijo derretido, servido com guacamole, abacate e feijão preto (três unidades, 10€) e o gringa, com carne al pastor com queijo derretido, cebola e coentros e uma apresentação a fazer lembrar as quesadillas tradicionais (três unidades, 8,50€).
Os mais clássicos mantêm-se, como o carnitas, com carne de porco cozinhada lentamente e servida com cebola e coentros picados (três unidades, 8,50€) ou o tinga de pollo, o mais picante, com frango desfiado em molho de chipotle e tomate (três unidades, 8,50€) – os mais corajosos que tentem acrescentar ainda umas gotas dos molhos extra, como o habanero (1,50€) ou refrescar com o molho picante de abacate (1,50€). As gotas de lima ajudam sempre.
O restaurante ainda está em soft-opening, a testar horários, menus e loiças, mas há já uma parede temática pintada, um jardim vertical e uma janelinha que em breve terá duas utilizações. Vai servir para organizar e agilizar as encomendas para fora – vão ter um site próprio para entregas e parcerias com as plataformas Uber Eats e Glovo, e três menus especiais, para uma pessoa (16€), duas (30€) ou o “build your own taco”, para jantaradas de quatro a cinco pessoas, com três entradas, 15 tortilhas com três recheios de tacos à escolha (são entregues em pequenas caixas para montar o seu próprio taco em casa) e um jarro de margarita de 1,5 litro (60€). Mas à janela também se vão servir bebidas e cocktails, outra das extensões do menu. Há imperial Malquerida, rosa e mais frutada (2€), micheladas (3,50€), a margarita clássica (5€), de morango (6,50€), mezcal com maracujá (10€), mojitos (7,50€), o charro negro, com tequila e coca-cola (6€), o hijole com gin, maracujá e líchia (9€), e o mais digestivo carajillo com licor e café (7,50€).
Para a sobremesa, mantêm-se duas opções simples, a tarte de lima (3,50€) e o bolo de tres leches (3,50€). Nestes primeiros tempos, o serviço de chef em casa estará menos activo mas a ideia é voltar em grande, sempre com uma boa playlist. Em breve volta também a food truck, que Pedro Leitão estreou em alguns festivais o ano passado, desta vez talvez com poiso fixo.
Rua Quirino da Fonseca, 8B (Alameda). 91 570 4312. Seg-Dom 12.00-23.00.