[title]
Mandado construir por D. José I após a destruição da morada real no Paço da Ribeira pelo terramoto de 1755, o Palácio Nacional da Ajuda (então Real Paço de Nossa Senhora da Ajuda) começou a ser construído em 1796, mas nunca foi terminado. Mais especificamente a sua ala poente, junto à Calçada da Ajuda, que ficou por terminar na sequência de sucessivos problemas financeiros e políticos, como as invasões francesas, a ida da corte para o Brasil, confrontos entre liberais e absolutistas ou o regicídio em 1910.
Em 2018, foi apresentado o projecto de remate deste Monumento Nacional, que apresenta um desenho mais contemporâneo a sublinhar a diferença de mais de 200 anos entre as intervenções. E é na ala poente que vai poder ver o Museu do Tesouro Real, uma exposição permanente que inclui uma caixa forte com 900 exemplares da colecção de joalharia que inclui as Jóias da Coroa, 6340 exemplares da colecção de ourivesaria ou um acervo iconográfico e documental de 172 peças.
Em declarações ao jornal Expresso, o director do Palácio Nacional da Ajuda, José Alberto Ribeiro, avança que a inauguração está prevista para Junho de 2021, num projecto que também inclui um novo elemento exterior: uma escadaria inspirada numa outra prevista no primeiro projecto para o palácio e que nunca chegou a ser construída.
O custo da obra é de 26,5 milhões de euros (mais 3,2 milhões para a requalificação da Calçada da Ajuda), comparticipados pela Câmara Municipal de Lisboa, Associação de Turismo de Lisboa e pelo Ministério da Cultura, que vai utilizar o dinheiro do seguro do famoso roubo em 2002 de seis Jóias da Coroa portuguesas do Museu Municipal de Haia.
+ Palácio da Ajuda vai acolher projecto de inclusão social comunitário