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O novo Erva serve cozinha portuguesa contemporânea

Escrito por
Inês Garcia
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O Hotel Corinthia, em Sete Rios, remodelou completamente o seu restaurante de cozinha tradicional portuguesa. Chama-se agora Erva e aposta na sazonalidade.

Um hotel cujo restaurante está no piso térreo e tem acesso para a rua tem meio caminho andado para não ser só mais um restaurante de hotel. O Corinthia, em Sete Rios, aproveitou isso mesmo para criar um novo restaurante, de cozinha portuguesa contemporânea.

Percebe-se o novo nome assim que entramos: Erva porque há jardins verticais aqui e ali, biombos e colunas carregadinhos de plantas no meio da sala ampla, dividida entre bar (que funciona também de forma independente) e restaurante, com uma cozinha aberta chefiada por Carlos Gonçalves, responsável também pelo Soul Garden, o outro restaurante-esplanada-bar do hotel. Aqui há uma cozinha cuidada, assente nos sabores dos ingredientes sazonais, sem grandes transformações.

Vaca da cabeça aos pés
Fotografia: Manuel Manso

O prato que melhor representa o Erva é o de vaca da cabeça aos pés, cherovia e cogumelos (16€), explica o chef, porque aproveita carnes menos nobres, como a língua de vaca, bochecha e chambão – carnes com muito colagénio, mais gelatinosas, mas com muito sabor e muito tenras. Mas o bestseller, adianta, é já a pá de cordeiro de leite assada a baixa temperatura com puré de batata aligot, com queijos (24€).

Tempura de bacalhau fresco
Fotografia: Manuel Manso

Mas nem só de carne se faz o Erva, naturalmente. Nas entradas há uma reinterpretação de uma salada algarvia com carapau, tomate e beterraba, numa cama de gaspacho (14€), um carpaccio de polvo com sapateira (15€) ou uma tempura de bacalhau fresco, maionese de alho, picle de cebola roxa e molho unagi (10,50€). Nos peixes, uma raia com puré de cebola assada (14,50€) ou uma corvina com arroz de lingueirão e salicórnia (16€) destacam-se na carta, sempre com a ressalva que os acompanhamentos (e a própria proteína) podem mudar de um dia para o outro – os legumes chegam do Hortelão do Oeste, as carnes são nacionais, os peixes e mariscos vêm da lota de Peniche.

Cocktail Chá das Cinco
Fotografia: Manuel Manso

Apesar de muito amplo, restaurante e bar estão divididos e trabalham até de forma independente, o que significa que pode perfeitamente passar apenas para beber um dos cocktails criados pelo mixologista Nelson Antunes – desde o Sabe a Pato, com bourbon e uma infusão de caldo de pato, o Tumatas-me, um twist do Bloody Mary ou o Bom Sabor da Selva, com um xarope feito com Bongo. No bar pode aliás pedir os vários snacks da carta (disponíveis também na mesa de refeição): há uma tosta feita com pele de frango crocante servida com gamba marinada e abacate (duas unidades/6€) ou umas batatas bravas recheadas com tártaro de lulas e crème fraîche de lima (duas unidades/5,50€).

Tangerinas
Fotografia: Manuel Manso

No fim disto tudo, é obrigatório guardar um espacinho para as sobremesas do chef pasteleiro Pedro Dias, seja para as pequenas tangerinas vermelhas, recheadas com um cremoso de tangerina e com tangerina fresca no meio (8€), ou para o brulée do citrino japonês yuzu, com merengue e sorbet de abacaxi dos Açores (8,50€).  


Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, 105 (Sete Rios). 21 723 6313. Qua-Dom 12.30-15.30/ 19.00-01.00.

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