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O novo Nada, meca das after parties em Lisboa, abre no sábado

O colectivo EKA Unity, responsável por projectos como o EKA Palace ou o Nada Temple, inaugura este sábado um novo espaço na zona industrial da Matinha. Antes disso, abriu as portas à Time Out.

Joana Moreira
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Joana Moreira
Jornalista
Nada
Francisco Romão Pereira
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Nem vai haver tempo para chorar o encerramento do Nada Temple, em Xabregas, que fecha portas esta sexta-feira com a festa TUMULTUM, com o DJ Kaiser (23.50-12.00). No dia seguinte, a menos de 200 metros dali, abre o Nada, um novo espaço cultural do colectivo EKA Unity, conhecido pelos projectos EKA Palace ou Nada Temple, que nos últimos anos marcaram as noites e a cultura alternativa lisboeta.

Nada
Francisco Romão Pereira

Quatro dias antes do grande dia ainda há muito por fazer. O novo Nada abre nas instalações da antiga concept store de luxo Tem-plate, que fechou durante a pandemia. Foi uma coincidência, garante Kalki Moksha, do colectivo. [O Nada Temple] fechou porque era de um privado e ele quis fechar para fazer um condomínio privado, aquilo que está a acontecer muito em Lisboa, que é fechar tudo fazer condomínios, explica, por um lado. Ao mesmo tempo, Dilen Magan, co-fundador do EKA Unity, estava “de olho” no espaço “há já algum tempo”. O Nada herda da Tem-Plate alguns elementos, como uma imponente rocha, à entrada, cortinas em PVC amarelo que dividem o espaço e amplos provadores que deverão dar lugar a zonas VIP ou até kinky rooms.

O público vai deparar-se com um open space de cerca de 800 metros quadrados onde coabitam áreas distintas – as necessárias para receber actividades ligadas às artes visuais, música acústica, dança, performance e música electrónica. Haverá dois bares, uma galeria para exposições, uma loja. E, claro, uma pista de dança. Num trabalho contínuo de mostrar “que a música eletrónica deve ser cada vez mais reconhecida como uma forma de arte”, o colectivo volta a apostar em grande no som. As esculturais colunas do sistema de som da marca italiana Pequod Acoustics (que o colectivo representa em Portugal) destacam-se no espaço. “O aspecto visual futurista das colunas e subwoofers permite aos artistas visuais brincarem com os efeitos de video mapping”, explicam. 

Nada
Francisco Romão Pereira

A programação manter-se-á idêntica à do Nada Temple, com a irreverência que lhe é característica, mas com um foco maior na cultura digital. Este sábado, a festa começa a partir das 20.00, com a inauguração de uma exposição de artes visuais e NFTs, com artistas como João Murillo, DACC, Deeher Chandrika ou Diogo Nunes. A partir das 23.00 e até às 11.00 a música fica a cargo do DJ francês Airod, seguido pelos portugueses Dilen Magan, co-fundador do projecto, Pedro Goya e Thelmo.

A transição para este novo sítio, a um quarteirão de distância, foi também a oportunidade de resolver alguns dos problemas do espaço anterior, como a climatização e a extracção de fumos. Ambas as questões estão resolvidas na nova localização. Com tantas mudanças perdeu-se ainda a extensão “temple” na designação, mas há um motivo. Depois de terminadas as obras no Nada, o colectivo segue com as ferramentas para o Temple, um outro espaço nocturno em Lisboa que esperam inaugurar até ao final do ano.

Rua Projectada à Matinha, Armazém F. Sáb 20.00-12.00.

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