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O Pátio das Antigas: A breve vida do Theatro Moderno

Foi em Arroios, entre 1908 e 1918, que se situou o Theatro Moderno, dirigido pelo actor e empresário Santos Júnior. Terá desabado parcialmente ou sido atingido por um incêndio. Não foi reconstruído, sendo substituído por um prédio de habitação.

Escrito por
Eurico de Barros
Theatro Moderno
DRTheatro Moderno
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Foi entre 1908 e 1918 que se ergueu, na Rua Álvaro Coutinho, a Arroios, o Theatro Moderno. O edifício já nasceu torto, pois quando a construção estava quase terminada, a parede principal desabou. O acidente veio adiar a inauguração durante alguns meses. A designação “Moderno” também causou alguma controvérsia na imprensa nessa altura, já que, ao que parece, o teatro de moderno não tinha nada, sendo muito convencional quer na traça, quer no tipo de condições que oferecia para a realização de espectáculos teatrais. Havia na altura em Lisboa uma companhia teatral chamada Theatro Moderno, mas nunca teve nada a ver com o dito, tendo aliás sido desfeita antes da sua abertura.

Pelo palco do Theatro Moderno – a que muitos chamavam também “Teatro dos Anjos” – passaram muitas peças, revistas e operetas, interpretadas por muitos dos mais prestigiados actores e actrizes da época. O prédio terá ou aluído parcialmente, ou sido destruído por um incêndio, embora a foto desta página, tirada em 1918, quando já estava em ruínas, sugira que se terá tratado da primeira hipótese. O actor Santos Júnior, que dirigia o Theatro Moderno, já anos antes tinha perdido outro teatro, situado no Rato, devido a um fogo, pelo que ficou com a reputação de ser vítima de “mau olhado”. Nunca mais voltou a ser empresário teatral. No lugar do seu teatro, foi construído um prédio de habitação.

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