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A partir dos anos 20, e durante várias décadas do século passado, a Electro Reclamo foi uma das mais importantes empresas de publicidade luminosa em Portugal, tendo sido responsável, juntamente com a sua concorrente Reclamos Luminosos Neolux, Lda., por grande parte dos anúncios em néon de Lisboa. É o caso dos que se podiam ver nos telhados de prédios e firmas desde o Marquês de Pombal até à Baixa, alguns dos quais ficaram famosos entre os alfacinhas, como o dos relógios Omega, com uma enorme “cebola” luminosa, ou o do Chocolate Belleville, com a sua taça de chocolate quente fumegante, entre muitos, muitos outros. Eram, juntamente com as montras das lojas (aliás, várias delas também iluminadas pela Electro Reclamo, como a Loja das Meias) um dos principais atractivos dos passeios que, a pé, de transportes públicos ou de carro, os lisboetas davam então pela zona da Baixa após o jantar.
Fundada em 1926 pelo engenheiro electrotécnico José Carlos Santos, formado em Bruxelas, a Electro Reclamo, além dos vistosos e inventivos anúncios de néon e das instalações de iluminação em comércios, cafés, restaurantes, teatros, cinemas (o Condes e o Império) e outros recintos de diversões (o Casino Estoril), também deixou o nome ligado aos sistemas de iluminação da Exposição do Mundo Português, em 1940, e à reconstruída Fonte Luminosa, em 1962. A empresa encerrou em 2014.
Coisas e loisas de outras eras:
+ A papelaria que passou por três séculos
+ O velho mercado de Campo de Ourique