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Discos à venda ao lado de frigoríficos, ventoinhas, aspiradores, secadores e outros electrodomésticos? Era isto que o transeunte que passasse na Rua do Carmo via na ampla montra da Discoteca Universal, inaugurada em 1957, e uma das várias lojas do ramo que podia ser encontrada naquela artéria da Baixa, juntamente com a Discoteca do Carmo ou a Discoteca Melodia (que, além de discos, vendiam também instrumentos musicais e pautas de música, e por aí se ficavam). Isto explica-se porque os proprietários da Discoteca Universal decidiram que a sua loja não ia limitar-se a comercializar discos em vinil, como era normal neste tipo de estabelecimentos. E além destes, e de gira-discos, rádios e gravadores, teria também disponíveis para a clientela frigoríficos, aspiradores, batedeiras, ferros de engomar eléctricos e máquinas de lavar roupa, entre outros.
No entanto, nas suas publicidades e nos anúncios que publicavam na imprensa, os responsáveis pela Discoteca Universal gostavam de salientar que a primeira vocação da loja era a venda de discos, e que era “o mais moderno estabelecimento de discos de Lisboa”, como se lê num daqueles. Os cheques-discos para oferta eram também outros dos destaques da Discoteca Universal. Fechou em 1970 e foi trespassada, passando então a vender só discos. Em Agosto de 1988 desapareceu de vez, quando do grande incêndio do Chiado.
Coisas e loisas de outras eras:
+ A breve vida do Theatro Moderno
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