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“Artigos de phantasia para chá, retratos em todos os géneros, vistas photográphicas do Paíz, chromos para felicitações”. Estas eram algumas das coisas que se vendiam na Tabacaria Costa, situada na esquina da Rua do Ouro com o Rossio, conforme se lia numa publicidade ao estabelecimento, fundado no princípio da última década do século XIX por um cambista e negociante chamado Egydio C. da Costa. A Tabacaria Costa foi a primeira das duas tabacarias clássicas daquela zona da Baixa a ocupar a esquina em questão, e comercializava também tabaco, charuteiras, cigarreiras, cachimbos e boquilhas, e carteiras para homem e senhora, bem como colecções de postais temáticos. Era ponto de encontro de elegantes, políticos, escritores e artistas, que se postavam à porta a fumar, conversar ou a trocar indiscrições.
A Tabacaria Costa fechou no final da década de 30 do século passado. Mas logo em 1940, instalou-se no mesmo espaço um novo estabelecimento do mesmo ramo, a Tabacaria Rossio (na foto), propriedade um grupo de sócios galegos, que deram uma nova e mais moderna fachada ao estabelecimento – além de uma alegria aos clientes da finada Tabacaria Costa. Lá se vendiam ainda relógios, isqueiros, canetas e outros artigos de escrita. Ao mesmo tempo, aqueles abriram, na esquina oposta, a Tabacaria Caravela. Esta fechou em 2005, mas a Rossio ainda se mantém firme na sua esquina.
Coisas e loisas de outras eras:
+ A discoteca que também vendia frigoríficos