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No tempo em que a rádio se chamava radiotelefonia ou T.S.F. (telefonia sem fios), havia grandes exposições de aparelhos em Lisboa, onde estavam presentes as principais marcas e as casas que as representavam em Portugal. Umas ainda existem, como a Philips, outras já desapareceram, como a AEG Telefunken ou a Burndept. Entre os representantes nacionais estavam a Casa Serras, o Grande Bazar do Porto ou a Rádio Portugal.
A III grande exposição de T.S.F em Lisboa teve lugar entre 13 e 30 de Dezembro de 1930, na Sociedade Nacional de Belas Artes, tendo sido inaugurada pelo então Presidente da República, o general Óscar Carmona. Este seria presenteado com uma vistosa rádio-grafonola Atwater, oferecida por esta marca norte-americana, fundada pelo inventor e empresário Arthur Atwater Kent Senior. A notícia levou a que se esgotassem os aparelhos de T.S.F. da marca.
Tal como as duas anteriores, a grande exposição de T.S.F. teve grande sucesso, recebendo muitos milhares de visitantes. A proximidade do Natal levou a que fossem vendidos bastantes receptores, embora não fossem acessíveis a todas as bolsas. O blogue Restos de Colecção cita uma carta então enviada por um cidadão ao vespertino Diário de Lisboa, queixando-se dos preços elevados dos aparelhos: “Sete contos, cinco contos e tal, quatro contos e tresentos, dois contos e quinhentos, etc. (…) Retirei desorientado!”.
Coisas e loisas de outras eras:
+ Campião, a outra casa das lotarias
+ A primeira montanha-russa de Lisboa