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Foi uma das livrarias-alfarrabistas que marcou presença na primeira edição da Feira do Livro de Lisboa, em 1930; durante muitas décadas, foi um dos endereços de referência do seu ramo na Baixa, frequentada por bibliófilos, coleccionadores, escritores, artistas e políticos; e começou a vida em 1914, na Rua do Duque, fundada por Salvador dos Santos Romana. A Livraria Barateira mudar-se-ia alguns anos mais tarde, em meados da década de 30, para o seu endereço definitivo, na Rua Nova da Trindade, numa antiga cavalariça senhorial, com os livros a substituir os cavalos e a palha que antes a ocupavam.
A Barateira chegou a ser uma das maiores e mais importantes do género na capital, vendendo não só livros novos e usados, agendas, almanaques, blocos e colecções de letras de fados, como também editando livros e postais ilustrados. Num dos seus catálogos dos anos 30, para a Feira do Livro, publicitava “Preços populares, brindes a todos os fregueses” e a possibilidade de formar “uma grande biblioteca por pouco dinheiro”. A livraria sempre fez jus ao seu nome e tinha mesmo cestos cheios de obras várias a serem vendidos por 50 cêntimos. “Ali, um livro custa menos que um maço de tabaco e compram-se dos volumes dignos pelo preço de um almoço rasca”, escrevia-se em 2010 no blogue ‘Página a Página’. A Barateira sobreviveu até 2012. Hoje encontra-se lá um bar-barbearia.
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