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Uma das lojas históricas da Baixa de Lisboa, A Pompadour abriu em 1924 e vendia cintas, espartilhos, soutiens e produtos de cosmética e higiene de fabrico próprio. Fechou já neste século.
Com um nome inspirado por Madame de Pompadour, a famosa amante do rei Luís XV de França e uma das mulheres mais emblemáticas do século XVIII, A Pompadour abriu as portas em Junho de 1924, na Rua Garrett, projectada por Raul Lino e com decoração de interiores a cargo da pintora Estrela Faria. A Baixa era ainda então o centro de toda a vida lisboeta, da social à comercial e cultural. Os seus proprietários eram os mesmos de outra loja histórica do bairro, também já desaparecida, a Perfumaria da Moda.
Loja “chic e moderna”, dirigida às “damas elegantes”, como se escrevia na imprensa da época e se lia num dos seus anúncios, a Pompadour especializou-se na venda de espartilhos, cintas e soutiens, bem como produtos de cosmética e higiene de fabrico da casa. “Os tempos mudaram e a cinta Pompadour tornou-se indispensável”, dizia outro dos seus anúncios, alguns dos quais foram assinados por nomes como Maria Keil ou Roberto Nobre.
Em 1933, abriu uma sucursal na Rua Augusta, A Pompadour – Sucursal Económica, para clientes com menos poder de compra, e em 1955, Raúl Lino foi de novo contratado para alterar a fachada da loja-mãe. A loja que proclamava que “Usar uma cinta Pompadour é ter vinte anos toda a vida”, acabou por encerrar nos primeiros anos do nosso século.
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