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Em 1885, abriu a Penitenciária de Lisboa, no alto do Parque Eduardo VII, cujos reclusos eram obrigados a usar capuzes fora das celas, uma prática abolida em 1913.
O jornalista, escritor e olisipógrafo Norberto de Araújo chamou-lhe, nas suas Peregrinações em Lisboa, “um dos casarões mais tristes da cidade”. A Penitenciária de Lisboa começou a ser construída em 1874, na Rua Marquês de Fronteira, sob projecto dos engenheiros Ricardo Júlio Ferraz, Joaquim Pereira de Carvalho e Luís Victor Le Cocq, numa zona da cidade conhecida como “Terras do Seabra”, seguindo o modelo dos estabelecimentos prisionais ingleses, tendo os trabalhos sido concluídos em 1885. A fotografia desta página documenta os trabalhos do chamado Redondo, o centro da estrutura da Penitenciária, que tem a forma de uma estrela.
A ideia de erguer um grande estabelecimento penitenciário na capital surgiu após a lei da abolição da pena de morte, assinada por Joaquim António de Aguiar a 1 de Julho de 1867, por se tornar assim necessário ter um edifício de grandes dimensões onde os criminosos, agora poupados à morte, pudessem ser encerrados e concentrados em grande número. O plano da Penitenciária de Lisboa regista a existência de 474 celas mais 22 de enfermaria e 12 de castigo. Desde a sua abertura, o edifício sofreu várias alterações e melhoramentos, dispondo hoje, e entre outros, de um campo polidesportivo, um campo polivalente, bibliotecas e salas de musculação. Os reclusos eram obrigados a usar capuzes quando fora das celas, prática que foi abolida em 1913.
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