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O Pátio das Antigas: As origens da Feira do Livro

Coisas e loisas da Lisboa de outras eras

Escrito por
Eurico de Barros
Feira do Livro, Rossio, O Pátio das Antigas
©DRFeira do Livro no Rossio
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Pouca gente sabe que houve uma espécie de proto-Feira do Livro na Rotunda, hoje Marquês de Pombal, no início do século XX.

A Feira do Livro de Lisboa vai na sua 90a edição e tornou-se numa das atracções anuais da capital, mas a ideia do certame não surgiu em Portugal. Ela foi trazida de Espanha, mais precisamente de Madrid, no final da década de 20 do século passado por um conhecido livreiro de Lisboa e homem muito empreendedor, Ventura Ledesma Abrantes, que tinha loja na Baixa e que, além desta actividade, seria também, alguns anos mais tarde, em 1938, um dos três fundadores e líderes do movimento patriótico Grupo dos Amigos de Olivença.

Instalada no Rossio, a Feira do Livro começou por ser, no primeiro ano da sua existência, Semana do Livro – e logo com muita afluência e sucesso, assumindo a seguir a designação pela qual ainda hoje é conhecida (a foto desta página refere-se à edição de 1932).

O que pouca gente sabe é que existiu em Lisboa uma espécie de proto-Feira do Livro, nos primeiros anos do século XX, ainda antes da implantação do regime republicano, mais precisamente no ano de 1906. Nessa altura, na Rotunda, hoje Praça Marquês de Pombal, costumava realizar-se uma feira semanal, na qual, além de muitos outros artigos e produtos, havia uma zona dedicada apenas à venda de livros, e bastante concorrida. Ledesma Abrantes terá trazido de Madrid a ideia da Feira do Livro de Lisboa, mas houve também, nesse remoto mercado livreiro da Rotunda, uma sementinha dela.

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