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O Pátio das Antigas: As várias vidas do Condes

Vários foram os teatros chamados Condes que, desde o século XVIII, se ergueram nos Restauradores. Cinemas foram dois, já no século XX. O segundo e último foi o mítico Condes, que abriu em 1952 e encerrou em 1997.

Escrito por
Eurico de Barros
Cinema Condes
DR
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No edifício dos Restauradores onde se encontra hoje o Hard Rock Café, esteve, entre 1952 e 1997, o Cinema Condes, uma das salas míticas da capital. Mas naquele canto de rua, um terreno então propriedade dos condes da Ericeira (de onde vem, também, o nome da Rua dos Condes) ergueram-se, desde o século XVIII, vários outros edifícios, ligados, primeiro, ao teatro, e mais tarde à exibição cinematográfica.

Originalmente, estava lá uma cadeia, que deu lugar ao Theatro da Rua dos Condes, arrasado pelo terramoto de 1755. Reconstruído com o mesmo nome, tornou-se num dos teatros mais importantes de Lisboa, apesar de ser muito desconfortável, pouco asseado e ter condições de segurança mínima em caso de catástrofe, nomeadamente de incêndio. Fechou em 1882 e foi demolido. Em 1888, fez-se lá um novo teatro, elegante, bonito, confortável e com boa programação, que manteve o nome original. Nos anos que mediaram entre a demolição do velho e a construção do novo, o terreno esteve ocupado por um barracão onde se encenavam peças, o Theatro Chalet, propriedade de um actor chamado Araújo. Em 1915, começaram a ser exibidos filmes no novo Teatro da Rua dos Condes e a haver espectáculos de variedades. Em 1919, o edifício teve obras de melhoramento e passou a chamar-se Cinema Condes. Foi abaixo em 1951, para dar lugar em 1952, faz agora 70 anos, ao novo Cinema Condes.

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