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O cineasta Manoel de Oliveira foi um muitos dos concorrentes do Rallye Automóvel Internacional de Lisboa (Estoril), que se realizou entre 1947 e 1954. Era considerado o segundo mais duro de todos, após o de Monte Carlo.
Vários anos antes do Rali de Portugal (que começou por ser Rali TAP), houve o Rallye Automóvel Internacional de Lisboa (Estoril), que teve oito edições, entre 1947 e 1954. Organizada pelo Automóvel Clube de Portugal, e patrocinada pelos dois grandes matutinos da capital, o Diário de Notícias e O Século, a prova tinha a particularidade dos concorrentes estrangeiros partirem dos países de origem nos seus carros, com encontro marcado para Lisboa, no Marquês de Pombal, onde se juntavam aos concorrentes portugueses ou radicados cá. Alguns tinham avarias ou acidentes e ficavam pelo caminho. A prova chegou a ter mais de 130 participantes. Havia uma taça para senhoras e no final um concurso de elegância automóvel.
Este rali era considerado o segundo mais duro e difícil após o de Monte Carlo, cujo modelo seguia. Após um preâmbulo na capital, a competição passava para o Estoril, onde era seguida por muitos espectadores. Os jornais de então realçavam as “altas velocidades” atingidas, as “manobras empolgantes” dos condutores e o “enorme entusiasmo” dos assistentes. Em 1951, o realizador Manoel de Oliveira, fazendo equipa com Clemente Meneres num Ford, conseguiu o segundo lugar, atrás de Joaquim Filipe Nogueira, num Jowett Jupiter. Filipe Nogueira foi, aliás, o piloto português que mais vezes ganhou o Rallye Automóvel Internacional de Lisboa (Estoril), com três vitórias.
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