[title]
Além das lojas de capelistas, havia os capelistas ambulantes, que vendiam em carrinhos desde artigos de costura até chapéus, bonés, atacadores ou calçadeiras.
“Chapéus há muitos! E bonés também! E botões, e linhas!”, costumava apregoar um capelista ambulante que andava pela zona da Baixa com o seu carrinho, faz agora 50 ou 60 anos. As capelistas (também conhecidas por retrosarias) são pequenas lojas de bairro – sobrevivem ainda algumas, muito poucas, em Lisboa – que vendem quinquilharias e todo o tipo de materiais e pequenos objectos úteis, em especial de costura, caso de linhas, botões, agulhas, elásticos, fitas ou dedais, bem como enfeites de vestuário.
Mas, além das lojas propriamente ditas, havia também os capelistas ambulantes, como o da fotografia desta página, tirada na capital na década de 40. Costumavam instalar-se com os seus carrinhos, que eles próprios empurravam, em pontos estratégicos e com muito movimento durante todo o dia, caso da Praça da Figueira e das artérias em redor, assim como perto de mercados municipais e nos bairros populares, onde encontravam a sua clientela preferencial, os alfacinhas com menos posses. Além dos artigos de costura e de vestuário tradicionais, estes castiços ambulantes vendiam também chapéus, bonés, meias para homens e senhoras, colares, lenços, chapéus de chuva, atacadores e calçadeiras, corta-unhas e artigos para a barba, como pincéis e lâminas, “e outras coisas que não nos ocorre mas são sempre de utilidade”, como escreveu o jornalista, escritor e artista Calderón Diniz.
Lisboa de outras eras:
+ O Pátio das Antigas: O café elegante do Chiado