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Há 100 anos, havia um hipódromo na Quinta da Marinha e faziam-se lá corridas de cavalos com jockeys portugueses e estrangeiros, que chamavam muito público. Foram organizados comboios especiais de Lisboa, bem como transporte da estação até ao hipódromo. Antes de se chamar Parque da Marinha, e depois Quinta da Marinha, aquela zona era conhecida como “Pinhal Moser”, por pertencer ao 2.º conde de Moser. Foi depois comprada pelo dinâmico homem de negócios e cirurgião Carlos Montez Champalimaud, que procederia à sua florestação e urbanização. Em colaboração com a Sociedade Hípica Portuguesa, o abastado e dinâmico novo proprietário organizaria ali corridas de cavalos, as primeiras das quais no início do Outono de 1921 e 1922, e que continuariam nos anos seguintes. Recorde-se que também já havia provas destas em Lisboa, no Hipódromo de Belém. O acontecimento foi ampla e entusiasticamente noticiado e coberto por toda a imprensa, referindo-se os jornais e as revistas às corridas de cavalos na Quinta da Marinha como um sinal de “civilização”, “uma nova era que se abre” ou “uma revolução mundana”. Salientavam ainda o “luxo” de que se rodeavam e a presença da “melhor sociedade”, com as reportagens fotográficas a destacar as toilettes das muitas senhoras presentes. E não faltavam as apostas. Os prémios atingiram a soma de oito mil escudos, uma fortuna para a época.
Coisas e loisas de outras eras:
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