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O Pátio das Antigas: Cem anos de espectáculos no Tivoli

Planeado pelo arquitecto Raul Lino, o Cine-Teatro Tivoli, hoje Teatro Tivoli BBVA, foi inaugurado há 100 anos. Era um espaço luxuoso e distinto para o cinema, mas também aberto ao teatro, à música e à dança.

Escrito por
Eurico de Barros
Cine-Teatro Tivoli
DR
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O compositor e maestro Igor Stravinsky, os pianistas Viana da Mota, Maria João Pires ou Arthur Rubinstein, o violinista Yehudi Menuhin, a violoncelista Guilhermina Suggia, o Ballet du XXéme Siècle, de Maurice Béjart, ou a Comédie Française são alguns dos grandes artistas e companhias que actuaram no Cine-Teatro Tivoli, que assinala os seus 100 anos no dia 30 de Novembro. Foi nessa data, em 1924, que o Tivoli abriu as portas, com o filme Violetas Imperiais.

Planeado por Raul Lino, por iniciativa de Frederico de Lima Mayer (irmão de Adolfo de Lima Mayer, fundador do Parque Mayer, e de Carlos Lima Mayer), que queria dar a Lisboa um espaço luxuoso para o cinema, mas também aberto ao teatro, à música e à dança, o Cine-Teatro Tivoli demorou quatro anos a construir. Tinha lugar para 1114 espectadores, e era então a maior sala de cinema da capital. Em 1925, António Ferro criou lá o Teatro Novo, uma companhia residente. Em 1930, foi adaptado para fonocinema.

Entre muitas outras, passaram no Tivoli fitas como O Grande Ditador, O Mundo a Seus Pés, Lawrence da Arábia, Música no Coração, O Padrinho ou A Golpada. Vendido em 1973 pela família Lima Mayer, teve depois vários proprietários, esteve algum tempo fechado, sofreu obras de remodelação em 2004 e é, desde 2011, propriedade da produtora UAU. Rebaptizado Teatro Tivoli BBVA, está agora mais vocacionado para teatro e concertos.

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