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O Cine-Teatro S. José tinha todas as características de uma grande sala de espectáculos de Lisboa ou do Porto. Com a única diferença que foi construído em Cascais, tendo sido durante muito tempo a maior da vila, e de referência na Linha. Projectado pelos arquitectos Joaquim Ferreira e Gonzaga Bronze, com decoração de interiores de Fred Kradolfer, o S. José abriu a 19 de Março de 1959 no centro da vila, tendo capacidade para sentar quase mil espectadores, e dois bares. A exemplo do que acontecia então com outras salas semelhantes, a inauguração fez-se com uma peça de teatro em vez de um filme: Tá-Mar, de Alfredo Cortez. No ano seguinte abriu, numa das lojas do edifício, a segunda loja dos gelados Santini.
Dispondo de um amplo palco e um ecrã gigante, o S. José exibiu, ao longo dos anos, uma programação de cinema que não ficava nada a dever à das melhores salas da capital ou do Porto; e recebeu muitas peças de teatro vindas de Lisboa e que ficavam, geralmente, poucos dias em cartaz, protagonizadas por alguns dos maiores actores portugueses da época: Laura Alves, João Villaret, Raul Solnado, Paulo Renato, Lourdes Norberto ou Rui de Carvalho. Realizavam-se lá também grandes festas de Carnaval, com exibição de filmes e concursos de máscaras infantis. O S. José fechou em Janeiro de 1978. Hoje é um edifício de escritórios e há um banco no lugar do Santini.
Coisas e loisas de outras eras:
+ Tenor Romão, o grande excêntrico
+ A breve vida do Theatro Moderno