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Durante muitos anos, o copo de água oferecido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) às Noivas de Santo António realizou-se sempre no mesmo sítio: o Restaurante e Salão de Chá Montes Claros, situado em Monsanto e concebido pelo arquitecto Keil do Amaral. Estava integrado no projecto maior do Parque Florestal de Monsanto, uma ideia do então ministro das Obras Públicas Duarte Pacheco, em 1934, sendo propriedade do município.
O edifício começou por ser um Pavilhão de Chá, inaugurado em Julho de 1942. O seu sucesso levou a que anos depois se pensasse em fazer obras de ampliação, para o transformar também num restaurante de luxo. O projecto foi entregue ao mesmo Keil do Amaral, e o Restaurante e Salão de Chá Montes Claros abriu poucos dias antes do final de 1951. Além de servir agora almoços e jantares, para além de lanches, o Montes Claros propunha também soirées dançantes todas as noites de semana (até às 3.30 da manhã, com “transportes assegurados a qualquer hora”, como se lia num anúncio publicado na imprensa), e chás dançantes ao fim-de-semana. Para isso, dispunha de um conjunto musical exclusivo. Como era costume na altura, podia-se também comemorar a passagem de ano no restaurante, altura em que era elaborada uma ementa específica para a noite do réveillon.
Depois do 25 de Abril, o Restaurante e Salão de Chá Montes Claros teve outros concessionários, acabando por ser fechado e remodelado, particularmente no seu interior, pela CML. Desde 2011 que lá se realizam eventos como congressos, convenções, lançamentos, casamentos ou baptizados, chamando-se agora Montes Claros Lisbon Secret Spot.
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