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O Pátio das Antigas: Do Salão Mozart à Loja Columbia

Quando a Baixa tinha estabelecimentos musicais, dois dos mais importantes eram a Casa Mozart, aberta em 1903, e a Loja Columbia, de 1926, ambas da mesma empresa. Fecharam ambas há bastantes anos.

Escrito por
Eurico de Barros
Do Salão Mozart à Loja Columbia
DR
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Pianos órgãos, pianolas e todo o tipo de instrumentos musicais, para venda a pronto ou a prestações, bem como partituras, para uso de músicos profissionais ou amadores, e daquelas meninas prendadas que sabiam tocar piano e falar francês, tudo isto podia ser encontrado no Salão Mozart, propriedade de Moniz & Fonseca, que abriu as portas em 1903 na Baixa, mais precisamente na Rua Ivens. Mudaria de mãos alguns anos mais tarde, mas continuando sempre a sublinhar a qualidade dos artigos musicais que vendia. Numa das suas várias publicidades na imprensa, lia-se: “Solicita-se e agradece-se a visita a este novo estabelecimento, para confirmação do que se annuncia”.

Sempre atentos ao evoluir dos tempos e às inovações da tecnologia, os proprietários do Salão Mozart, a empresa P. Santos, abririam, em finais de 1926, sempre na Baixa e agora na Rua Garrett, a Loja Columbia (ver foto nesta página), representando em exclusivo em Portugal a célebre marca americana homónima e vendendo as suas afamadas grafonolas, gramofones e discos. Ao mesmo tempo, a Loja Mozart deixava de comercializar pianos, para se juntar também aos novos tempos e disponibilizar os artigos da Columbia aos melómanos lisboetas. Mas a muita concorrência acabaria por levar ao encerramento quer da Casa Mozart, quer da Loja Columbia, poucos anos depois da abertura desta, tendo a Columbia passado depois a ser representada cá pela Valentim de Carvalho

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