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A necessidade de orientar e ordenar o trânsito cada vez mais intenso nas cidades portuguesas, e especialmente em Lisboa, levou à criação, em 1918, pela então Polícia de Segurança, da unidade de Polícias Sinaleiros. Em 1927, estes agentes assumiram o aspecto tradicional a que os alfacinhas se habituaram: capacete branco (daí a designação popular de “cabeças de giz”), punhos, talabarte e bastão da mesma cor, mais a braçadeira vermelha com T que mais tarde seria o distintivo das brigadas de trânsito.
Empoleirados nos seus pedestais colocados em locais estratégicos da cidade, gesticulando e apitando para organizar o fluxo de automóveis, autocarros, eléctricos e bicicletas (sem falar nas carroças e nos burros que circularam até tarde no século XX pela capital…), os Polícias Sinaleiros chegaram a ser 270 só em Lisboa.
A fotografia desta página, tirada pouco tempo antes da entrada em vigor dos novos uniformes – e do aparecimento da alcunha “cabeças de giz” –, documenta a inauguração, em 1927, do primeiro pedestal iluminado para um Polícia Sinaleiro na capital. A honra coube ao cívico que orientava o trânsito nos Restauradores, “cuja presença fica assim mais visível aos condutores naquelles dias invernosos em que anoitece mais cedo”, escreveu-se então na notícia de O Século que dava conta da novidade.
Até há pouco tempo, restavam apenas três Polícias Sinaleiros em Lisboa.
Lisboa de outras eras:
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