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O Palácio da Justiça de Lisboa foi inaugurado há 50 anos, seis meses antes da data prevista. E a penitenciária não chegou a ir abaixo.
A Penitenciária de Lisboa, que ainda hoje se ergue no topo do Parque Eduardo VII, já esteve para ser completamente arrasada. Nos anos 60, quando apareceu o projecto original do Palácio da Justiça de Lisboa, este previa um conjunto de quatro edifícios, mas como só foram erguidos dois, o do Tribunal Cível e o dos Tribunais de Polícia e de Execução de Penas, a demolição da penitenciária foi posta de parte.
Fez no dia 30 de Setembro, 50 anos que o Palácio da Justiça foi inaugurado. O projecto foi da autoria dos arquitectos Januário Godinho de Almeida e João Henrique de Mello Breyner Andresen. O coordenador artístico da obra foi Raul Lino, ficando José Luís da Cruz Amorim encarregado do mobiliário e do plano do estacionamento, que já antecipava o grande aumento do número de viaturas em Lisboa nos anos a vir.
Entre os artistas de nomeada representados com obras no Palácio da Justiça, todas elas naturalmente alusivas aos temas da Justiça e do Direito, estão, por exemplo, Querubim Lapa, com seis painéis; Júlio Resende, com outras seis; Jorge Barradas, com quatro; e ainda Amândio Silva, este com uma tapeçaria que destaca a figura de João das Regras. Registe-se ainda que este complexo, que custou à altura 240 mil contos, foi concluído meio ano antes da data prevista (as obras começaram em 1967). E sem que tivesse havido derrapagens no orçamento.
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