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O Pátio das Antigas: O cinema e a fotografia segundo a Pathé-Baby

Aberta em 1925, a Pathé-Baby, filial lisboeta da empresa francesa homónima, foi a meca dos cineastas e fotógrafos amadores, graças ao formato 9,5 mm e à sua pluralidade de serviços. Fechou nos anos 80.

Escrito por
Eurico de Barros
Pathé-Baby
José Augusto
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Durante muito tempo, o nome Pathé-Baby foi o mais querido dos fotógrafos e cineastas amadores portugueses. Em Junho de 1925, abriram no Porto e em Lisboa as filiais portuguesas da empresa francesa dos irmãos Charles e Émile Pathé, dois dos fundadores dos históricos estúdios Pathé e também inventores do projector de 9,5 mm Pathé-Baby, da câmara de filmar homónima e do mecanismo Motrix, que dispensava a manivela, bem como de máquinas fotográficas, acessórios e películas, que tiveram um colossal sucesso e impulsionaram a fotografia e o cinema amador.

Na capital, a Pathé-Baby Portugal estava na Baixa, na Rua de São Nicolau, e oferecia ainda aos clientes laboratório, estúdios e oficinas. Eram famosas as suas montras temáticas (ver foto). A casa lançou um concurso de cinema amador que teve várias edições nos anos 40 e 50, e deu origem à revista Cinema de Amadores. Gravava ainda discos, oferecia serviços de filmagem de festas, técnicas, turísticas, etc., e alugava projectores e fitas. Muitos foram os que viram cinema pela primeira vez em festas de anos ou no Natal, graças aos projectores e filmes lá alugados pelos pais. Em 1946, abriu em Lisboa um espaço dedicado ao formato reduzido, a Sala Pathé-Baby. A concorrência e as inovações de outras marcas, e o aparecimento do Super 8, condenaram o formato 9,5 mm, e a Pathé-Baby Portugal fechou na década de 80.

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