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Há 120 anos que circulam eléctricos pelas ruas de Lisboa. No auge da rede da Carris, em 1958, havia quase 30 carreiras. Hoje, restam apenas meia dúzia.
Cais do Sodré-Algés. Esta foi, a 31 Agosto de 1901, fez há pouco 120 anos, a primeira carreira de eléctricos a circular em Lisboa. A rede electroviária da capital foi desenvolvida pela Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa, que absorveu, desde a sua fundação em 1872 até ao início do século XX, todas as restantes empresas de transportes de Lisboa (exceptuando a célebre companhia dos carros do “Chora”, que se manteve até 1917) com tracção cavalar sobre carris, os “americanos”. Os primeiros modelos de eléctricos da capital eram abertos, da marca Brill, e chamados pelos populares de “almanjarras”.
A foto desta página data de 1910 e mostra um eléctrico já fechado. No apogeu da rede de eléctricos em Lisboa, em 1958, existiam cerca de 30 carreiras. A maioria acabava nos Restauradores, no Rossio, na Praça do Comércio ou no Martim Moniz, daí partindo para toda a cidade. Era mais chique as senhoras tomarem o eléctrico, em vez do autocarro, para irem fazer compras à Baixa. Mas a rápida vulgarização dos autocarros, a inauguração do Metropolitano, em 1959, e o gradual aumento do volume de carros na capital, levaram à retracção contínua da rede dos eléctricos ao longo das décadas seguintes, e foram sendo suprimidos trajectos e estações.
Hoje, 120 anos depois do primeiro eléctrico ter ligado o Cais do Sodré a Algés, restam meia dúzia de carreiras.
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