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Foi no desaparecido Elevador do Município, também conhecido por Elevador da Biblioteca, que se juntou, a 28 de Janeiro de 1908, um grupo de revolucionários republicanos que planeavam um golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente do Conselho, João Franco (mas não do Rei D. Carlos), a tomada da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e de outros locais estratégicos da cidade. Como o elevador estava avariado, um polícia estranhou o ajuntamento, chamou mais colegas e foram presos 93 conspiradores. Estas detenções na chamada Intentona do Elevador, ou Golpe do Elevador da Biblioteca, precipitaram o regicídio de 1 de Fevereiro, em que foram assassinados D. Carlos e o Príncipe D. Luís Filipe.
Chamado igualmente Elevador de São Julião, este foi o sétimo elevador público a ser construído em Portugal, e o primeiro vertical ao ar livre de Lisboa, projectado pelo engenheiro português de origem francesa Raoul Mesnier de Ponsard, e que ligava o Largo da Biblioteca (hoje de Belas-Artes) ao Largo de São Julião. Foi inaugurado a 12 de Janeiro de 1898 e a entrada e a saída faziam-se por duas casas particulares. Explorado por uma empresa privada liderada por João Maria Ayres de Campos, Conde do Ameal, o elevador, já algo degradado e a precisar de manutenção, acabou por ser doado à CML em 1915, por dificuldades financeiras daquela. Seria totalmente desmantelado em 1926.
Coisas e loisas de outras eras:
+ A esquina das tabacarias clássicas