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Corria o ano de 1952 e a notícia espalhou-se como fogo posto entre os benfiquistas: ia ser construído, no bairro onde o clube tinha nascido, o Parque Desportivo do Sport Lisboa e Benfica, do qual se destacava o Estádio da Luz (então ainda designado Estádio de Carnide). Desde a sua fundação, no dia 28 de Fevereiro de 1904, que o Benfica tinha jogado numa série de campos alugados. A única excepção foi o Estádio das Amoreiras, demolido em 1942 para a construção do Viaduto Duarte Pacheco.
A mobilização dos sócios do Benfica, então presidido pelo dinâmico Joaquim Ferreira Bogalho, foi imediata e contínua. Criou-se o Fundo de Construção do Novo Parque de Jogos do Clube, no Pavilhão do Benfica da Feira Popular de Lisboa instalou-se um mealheiro de barro gigante, para recolher doações, e lançou-se a Campanha do Cimento, para angariar sacos de cimento a ser usados na construção do Estádio de Carnide. Foi instituída também uma quota suplementar provisória aos sócios do clube.
Após terem sido recolhidos mais de um milhão de contos em contribuições, as obras do estádio, com uma lotação de 40 mil lugares, começaram a 15 de Junho de 1953. A inauguração foi no dia 1 de Dezembro do ano seguinte, quando o Benfica fazia 50 anos, marcando também o primeiro campo relvado da existência do clube. Paralelamente, iam sendo construídos os outros elementos componentes do complexo desportivo. A 5 de Outubro de 1960, foi a vez do lendário “Terceiro Anel” do estádio, que elevou a sua capacidade para 70 mil pessoas. Foi fechado de vez em 1985, passando a albergar 120 mil espectadores. A “Catedral” da Luz viria a ser demolida em 2003, dando lugar a um novo estádio, a 25 de Outubro desse ano, e que viria a ser utilizado no Euro 2004.
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