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Maria Keil e Stuart Carvalhais, Bernardo Marques e Thomaz de Melo, Fred Kradolfer e Emmérico Nunes, Ofélia Marques e Eduardo Anahory. Que estúdio de publicidade poderia hoje gabar-se de contar com artistas desta dimensão entre os seus colaboradores? Nos anos 30, 40 e 50 do século passado, estes e outros nomes trabalhavam regularmente para o ETP – Estúdio Técnico de Publicidade, fundado em Lisboa, em 1936, pelo designer José Rocha.
O crescente investimento em campanhas de publicidade, quer pelo Estado, quer pelos particulares, e o facto de o cartaz ser então o principal meio de divulgação publicitária, levaram ao aparecimento de estúdios como o ETP, cujos artistas criaram muitos, arrojados e excelentes cartazes para campanhas, incluindo de turismo, e para toda uma variedade de produtos, marcas, empresas e casas comerciais.
Entre eles, e no que respeita a iniciativas oficiais, o ETP colaborou nos pavilhões de Portugal nas Exposições Internacionais de Paris (1937) e de São Francisco e Nova Iorque (1939), tendo também participado na Exposição Colonial Portuguesa (1934), na Exposição do Mundo Português (1940) e na Exposição Mundial de Bruxelas. A foto desta página ilustra uma exposição de cartazes de José Rocha e Fred Kradolfer, no Teatro da Trindade, em 1938. Em 1972, aquele e o seu sobrinho Carlos Rocha fundiram os seus estúdios, dando origem à Letra-ETP.
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