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Chamava-se Manoel Carlos Mergulhão e era também conhecido em Lisboa como “o Mergulhão dos cordões de ouro”. Isto porque foi o fundador e proprietário daquela que era, à época, a mais conhecida ourivesaria de Lisboa, a Ourivesaria e Relojoaria Mergulhão, que abriu as suas portas no dia 4 de Setembro de 1895, na Rua de S. Paulo. Foi o próprio Manoel Carlos Mergulhão que se auto-denominou, para fins publicitários, “o Mergulhão dos cordões de ouro”, uma designação que aparece habitualmente nos muitos anúncios que fazia publicar na imprensa. E que chegaram, inclusivamente, a ter a forma de sonetos.
Manoel Carlos Mergulhão gostava de ter o retrato nesses anúncios, e de posar orgulhosamente no interior do seu estabelecimento, como se pode ver na foto reproduzida nesta página. Entre outras marcas prestigiadas, representou a Patek Philippe e a Longines, e entre várias outras peças, os serviços de chá e os faqueiros da Ourivesaria e Relojoaria Mergulhão eram também muito afamados, sendo fornecedora do corpo diplomático. Esta ourivesaria chegou a ter uma sucursal na Rua do Ouro na primeira década do século XX, mas a aposta não vingou e Manoel Carlos Mergulhão voltou a centrar-se na loja da Rua de S. Paulo, que acabou por encerrar algures na década de 80. No endereço que o “Mergulhão dos cordões de ouro” ocupou durante quase 90 anos, encontra-se hoje um cabeleireiro.
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